Vacina da Pfizer é eficaz contra variante sul-africana, diz estudo dos EUA
Pesquisa feita no laboratório da Universidade de Nova York mostrou que o imunizante é capaz de destruir a nova variante
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, mostra que a vacina contra a Covid-19 da Pfizer, feita em parceria com a Biontech, também é capaz de gerar anticorpos neutralizantes contra a variante sul-africana do vírus, chamada de B.1.351.
A pesquisa liderada pelo microbiologista Nathaniel Landau foi publicada no domingo (7/2), na plataforma bioRxiv em versão de pré-print, o que significa que ainda precisa passar pela revisão de pares.
“As descobertas sugerem que a proteção fornecida pela vacinação permanecerá em grande parte intacta contra a variante da África do Sul e outras variantes do Sars-CoV-2 em circulação atualmente”, escreveram os pesquisadores.
O surgimento das novas variantes, como as identificadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil – com mutações na proteína spike – tem feito os cientistas revisarem a eficácia das vacinas, pois as fórmulas foram desenvolvidas com base no vírus original.
Os cientistas da universidade norte-americana colocaram as variantes do Reino Unido e da África do Sul em contato com amostras de sangue de pessoas vacinadas contra a Covid-19 e de um grupo ainda não vacinado. Eles observaram que os níveis de anticorpos gerados pela vacina da Pfizer são bons o suficiente para proteger contra a Covid-19 e mais altos do que os encontrados em pessoas recuperadas da doença.
O estudo também mostrou que o imunizante funciona contra a variante do Reino Unido (B.1.1.7). No entanto, de acordo com os pesquisadores, no caso da variante sul-africana, a resposta imunológica proporcionada pela vacina foi um pouco menos eficaz.
“Estas descobertas sugerem que os anticorpos produzidos pela infecção primária e pela vacina provavelmente manterão a eficácia protetora contra a B.1.1.7 e a maioria das outras variantes, mas que a resistência parcial do vírus com a proteína de pico B.1.351 pode tornar alguns indivíduos menos protegidos, apoiando a justificativa para o desenvolvimento de vacinas modificadas contendo E484K”.