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Vacina aplicada no SUS reduz risco de dengue em 50%, diz estudo

Realizada por pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, a investigação foi a primeira meta-análise global sobre a vacina Qdenga

atualizado

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Imagem colorida de mãos femininas segurando frasco de vacina dengue - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mãos femininas segurando frasco de vacina dengue - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Qdenga, vacina contra a dengue que está disponível no SUS, reduz pela metade o risco da doença, revela pesquisa publicada em agosto na revista Vaccines. O imunizante também foi considerado bastante seguro, apresentando poucos efeitos adversos nos voluntários acompanhados.

Realizada por pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, a investigação foi a primeira meta-análise global sobre a eficácia da TAK-003, mais conhecida como Qdenga.

“São resultados muito bons e que não são fruto de uma conclusão precipitada: foram necessários muitos anos para desenvolver uma vacina com resultados tão bons”, afirmou o médico Lamberto Manzoli, diretor da Escola de Medicina Preventiva da Universidade de Bolonha, que coordenou o estudo, em comunicado à imprensa.

Os pesquisadores se debruçaram sobre os dados de 19 estudos científicos sobre a vacina. Ao todo, as informações compreendiam dados de 20 mil voluntários, de diversos grupos sociais e nacionalidades.

Os resultados mostraram que a vacina reduziu o risco de contrair a doença pela metade. Além disso, houve uma manutenção da quantidade de anticorpos mais de um ano após a vacinação, tanto com uma única dose quanto com as duas doses recomendadas para o esquema completo.

Entre aqueles que receberam duas doses, mais de 90% desenvolveram anticorpos contra a dengue. A resposta imunológica também foi considerada boa nas pessoas que só receberam uma dose: mais de 70% dos voluntários desenvolveram anticorpos.

Os pesquisadores italianos sugerem que a vacina seja usada em todos os países onde a doença é endêmica. Outra sugestão é imunizar os viajantes de países não-endêmicos que visitam as áreas de maior risco.

Fabricada pelo laboratório Takeda, a vacina Qdenga foi aprovada no Brasil em março de 2023 e começou a ser aplicada em janeiro de 2024. Nesse primeiro momento, por conta da escassez de doses disponíveis, o imunizante foi destinado no SUS apenas aos jovens entre 10 e 14 anos. Pessoas de outras faixas etárias que desejavam ser vacinadas precisaram recorrer a clínicas particulares.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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