Vacina contra herpes zóster é indicada para pessoas acima de 50 anos
A imunização é a principal prevenção contra a doença que atinge uma em cada três pessoas ao longo da vida. Saiba mais
atualizado
Compartilhar notícia
Principal alternativa para prevenir o vírus herpes zóster, a vacina contra a doença está disponível atualmente somente na rede privada – os custos variam de acordo com o laboratório, mas, em média, a dose única sai por R$ 400. A enfermidade acomete uma em cada três pessoas ao longo da vida e é mais comum durante a velhice. A imunização é recomendada a partir dos 50 anos.
Segundo o médico dermatologista Wesley Ferreira, da clínica Singular em Brasília, o vírus zóster é mais comum em pacientes idosos porque a imunidade deles é mais debilitada. Na prática, qualquer indivíduo que teve catapora ou contato com o seu causador, o vírus varicela zóster, pode, em algum momento, ter herpes zóster. Mas, como o tempo de incubação é longo, mais de 60% dos casos ocorrem após os 50 anos.
Apesar de não prevenir totalmente a reincidência da doença, a vacina fará com que os episódios sequentes sejam mais brandos, com menor risco da nevralgia pós-herpética (dores nos nervos depois do desaparecimento das feridas que duram de três semanas a seis meses). “Para esses pacientes pode fazer uma grande diferença, já que a sequela é dramática e exige muitos medicamentos”, pontua o especialista.
Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, a vacina pode ser administrada mesmo que o paciente já tenha tido um episódio de herpes na vida. Há contraindicações no caso de pacientes que fazem uso frequente de corticoides. Além disso, gestantes não devem tomá-la.
Há oito vírus diferentes da família Herpes que podem causar doença em humanos. Os Herpes tipo 1 (herpes oral), 2 (herpes genital) e 3 (herpes-zóster) provocam quadros semelhantes de lesões de pele que podem reaparecer após um período variável de ausência de sintomas. A vacina funciona somente para o tipo 3.