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Vacina contra a gripe: por que vale a pena tomar imunizante

O Ministério da Saúde ampliou a campanha de vacinação para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade

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Foto colorida: homem de costas durante aplicação de vacinas - Metrópoles
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A vacinação contra a gripe (influenza) está disponível, desde esta segunda-feira (15/5), para toda a população com mais de 6 meses de idade, seguindo recomendação do Ministério da Saúde. Até então, o imunizante estava sendo aplicado apenas em indivíduos dos grupos prioritários.

A pasta antecipou em 15 dias a inclusão de todas as faixas etárias na campanha de vacinação por estar com estoques altos armazenados nos postos de saúde, registrando uma baixa procura dos grupos de maior risco à infecção do vírus influenza.

“Infelizmente, essa é a nossa realidade, uma baixa procura da vacina destinada a grupos de risco maior. Normalmente, a liberação para qualquer pessoa ocorre quando acaba a campanha oficial. Mas o Ministério da Saúde antecipou em duas semanas, o que representa um benefício pra todos”, avalia a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

A médica esclarece 7 dúvidas sobre a campanha de vacinação contra a gripe:

Por que devo me vacinar?

Além da proteção individual contra os vírus que provocam a gripe, a vacina é uma ferramenta importante para a coletividade. “Cada um que se vacina, além de deixar de ter a doença, deixa de procurar o serviço de saúde, de ocupar uma vaga em um hospital e, principalmente, de ser um transmissor. Quanto mais gente vacinada, menor é a circulação do vírus na população”, afirma a pediatra.

Posso me vacinar contra gripe e Covid-19 no mesmo dia?

Sim. Elas podem ser feitas no mesmo dia em pessoas de todas as faixas etárias, sem a necessidade de fazer um intervalo entre as doses. Caso as datas de aplicação coincidam, a orientação do Ministério da Saúde é de que uma dose seja aplicada em cada braço.

Quem está gripado pode tomar a vacina?

De acordo com a médica, a vacinação deve ser evitada apenas na fase aguda da doença, quando o paciente apresenta mal estar e febre há mais de 24 horas. Nesse caso, ela deve aguardar a melhora dos sintomas. Pessoas com sintomas mais leves, como tosse, coriza e nariz entupido, podem se vacinar normalmente.

“A imunização só deve ser evitada na fase aguda das doenças, incluindo a gripe. Se ela não estiver com gripe há 24 horas, não é motivo para postergar a vacinação”, afirma Mônica.

O que mudou em relação à vacina de 2022?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina anualmente qual deve ser a composição da vacina da campanha seguinte, levando em consideração o vírus em maior circulação. A vacina deste ano, produzida pelo Instituto Butantan, é uma versão trivalente contendo as cepas A/H1N1, A/H3N2 e influenza B linhagem Victoria.

A vacina contra gripe protege contra outros vírus?

Não. Ela protege exclusivamente contra os vírus influenza, causadores da gripe. Mônica esclarece que, embora outros vírus respiratórios possam causar sintomas semelhantes aos da gripe – como febre, dor de garganta, nariz entupido, espirros e mal estar – a vacina não tem nenhuma ação contra outros vírus.

“É um grande erro as pessoas chamarem de gripe qualquer sintoma respiratório. É importante que as pessoas que se vacinam saibam que estão se vacinando contra três ou quatro cepas de um vírus que se chama influenza – a depender se a imunização foi feita na rede pública ou privada. Não há nenhuma proteção contra Covid-19, resfriado comum, rinite alérgica ou vírus sincicial respiratório (VSR)”, explica Mônica.

Quais são as reações da vacina da gripe?

Os eventos adversos mais comuns são: dor no local de aplicação, inchaço ou vermelhidão que, geralmente, ocorrem nas primeiras 24 horas da vacinação. Também podem ocorrer, em casos mais raros, dor de cabeça, febre e mal estar. “São eventos adversos esperados, semelhantes aos que ocorrem com outras vacinas e não tem nenhuma gravidade”, afirma a médica.

A vacina pode causar gripe?

Mônica esclarece que não existe nenhum sintoma respiratório associado à vacina. “Ela não causa tosse, coriza nem dor de cabeça. Caso a pessoa apresente esses sintomas, não se deve associá-los à vacina. É preciso procurar uma avaliação médica”.

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