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Vacina contra Covid-19 é aplicada em pelo menos 36 países. Brasil aguarda pedido de registro

Segundo levantamento do site Our World in Data, imunizante já foi aplicado em 9,9 milhões de pessoas desde o início de dezembro

atualizado

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Jacob King – Pool / Getty Images
Reino Unido inicia vacinação em massa contra o coronavírus
1 de 1 Reino Unido inicia vacinação em massa contra o coronavírus - Foto: Jacob King – Pool / Getty Images

Ao menos 36 países já começaram a aplicar vacinas contra Covid-19 em suas populações, de acordo com a organização não-governamental Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, que realiza levantamento a partir de informações oficiais dos órgãos de saúde. Até quinta-feira (1/1), 9,9 milhões de pessoas tinham recebido imunizantes contra o coronavírus. A vacina é a principal arma para deter a pandemia mundial.

As principais imagens deste momento histórico vieram do Reino Unido, em 8 de dezembro e, até aqui, cerca de 1 milhão de pessoas foram vacinadas no grupo de países. Na China, o imunizante contra a Covid-19 já foi aplicado em 4,5 milhões de pessoas. A Rússia começou sua campanha nacional em 15 de dezembro e, por enquanto, conta 52 mil vacinados. Na América Latina, a imunização está sendo realizada em caráter emergencial na Argentina, Chile, Costa Rica e México. O Brasil, entretanto, ainda não tem nenhuma vacina aprovada seja para uso emergencial ou em registro definitivo e, o melhor cenário, é que a vacinação comece em fevereiro.

Anvisa
Em entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo neste sábado (2/1), a diretora de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Sousa Freitas, voltou a afirmar que a liberação dos imunizantes depende de pedido de aprovação feito pelas empresas.

“O papel da Anvisa é ofertar ao serviço público e ao privado vacinas de qualidade. Não fazemos parte do processo de aquisição. Da parte regulatória, falta as empresas trazerem os dados para a avaliação da Anvisa. Temos regras semelhantes às do mundo. Não há aqui empecilho para avaliação de uso emergencial ou registro”, afirmou.

De acordo com a agência, a partir do pedido de uso emergencial, a liberação das vacinas pode acontecer em até menos de dez dias pois a avaliação dos fabricantes – inclusive com visitas aos centros produtores – já vem sendo feita pela equipe técnica do órgão regulador. Pelas regras brasileiras, o uso emergencial pode ser solicitado apenas para vacinas que estão sendo testadas aqui (Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Coronavac e Johnson e Johnson).

Uso emergencial
A expectativa é que, nesta semana, as farmacêuticas Pfizer e a Fundação Oswaldo Cruz, parceira da AstraZeneca no Brasil, peçam o uso emergencial de seus imunizantes que, inclusive, já obtiveram autorização temporária em outros países. No entanto, ainda há dúvidas se esta será a estratégia usada pelos fabricantes, que já tem acordos fechados com vários países.

“A demanda é muito maior do que a oferta. No contexto da pandemia, o comprador tem muito mais interesse que o vendedor porque o mundo inteiro quer o produto”, comenta o sanitarista Claudio Maierovitch, que chefiou a Anvisa entre 2003 e 2005. O problema, segundo ele, está na negociação entre o executivo local e os laboratórios farmacêuticos.

“O Brasil demorou nas negociações é por isso que ainda não iniciamos a vacinação. Uma, duas, três semanas de atraso na vacinação significam mais tempo de pandemia e mais mortes”, afirma.

Veja os países que já iniciaram a imunização e qual vacina está sendo aplicada:

 

País Vacina Utilizada
Argentina Sputnik V
Austria Pfizer/BioNTech
Bahrain Sinopharm
Bulgária Pfizer/BioNTech
Canadá Pfizer/BioNTech
Chile Pfizer/BioNTech
China CNBG, Sinovac
Costa Rica Pfizer/BioNTech
Croácia Pfizer/BioNTech
Dinamarca Pfizer/BioNTech
Inglaterra Pfizer/BioNTech
Estônia Pfizer/BioNTech
Finlândia Pfizer/BioNTech
França Pfizer/BioNTech
Alemanha Pfizer/BioNTech
Grécia Pfizer/BioNTech
Hungria Pfizer/BioNTech
Islândia Pfizer/BioNTech
Irlanda Pfizer/BioNTech
Israel Pfizer/BioNTech
Itália Pfizer/BioNTech
Kuwait Pfizer/BioNTech
Letônia Pfizer/BioNTech
Lituânia Pfizer/BioNTech
Luxemburgo Pfizer/BioNTech
México Pfizer/BioNTech
Irlanda do Norte Pfizer/BioNTech
Omã Pfizer/BioNTech
Polônia Pfizer/BioNTech
Portugal Pfizer/BioNTech
Romania Pfizer/BioNTech
Rússia Sputnik V
Escócia Pfizer/BioNTech
Reino Unido Pfizer/BioNTech
Estados Unidos Moderna, Pfizer/BioNTech
País de Gales Pfizer/BioNTech

 

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