1 de 1 ilustração de células cancerigenas
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Em busca por uma vacina que funcione contra tumores em estágios avançados no colo do útero, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) afirmam que a vacina criada pela instituição apresentou bons resultados nos primeiros estudos pré-clínicos com camundongos.
A pesquisa foi publicada na revista científica International Journal of Biological Sciences em janeiro. Criada para eliminar células cancerígenas associadas ao papilomavírus humano (HPV), a vacina mostrou boa eficácia e segurança quando associada ao tratamento com quimioterapia.
A vacina não causou danos no fígado ou rins, e nem induziu a perda de peso em camundongos. O próximo passo da pesquisa é testar o medicamento com humanos: já está em andamento uma prova de conceito clínica com pacientes com neoplasia intraepitelial cervical de alto grau, patologia que é considerada um estágio anterior ao câncer de colo de útero.
Em humanos, a aplicação da vacina é feita indiretamente: se recolhe uma amostra de sangue da paciente para isolar as células dentríticas, que fazem parte do sistema imunológico, e ativá-las com o imunizante em laboratório. Depois, as células são reinseridas no organismo e são capazes de “ensinar” o sistema imunológico a eliminar os tumores.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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“Conseguimos fazer a prova de conceito em camundongos e agora estamos validando os resultados em humanos, acompanhando um grupo pequeno de pacientes por um período de seis meses a um ano. A publicação dos novos resultados deverá ser feita em meados de 2023 e, então, partiremos para testes clínicos mais abrangentes, visando avaliar a segurança e a eficácia do imunizante. Os resultados iniciais são muito animadores”, conta Bruna Porchia, pós-doutoranda no ICB-USP e primeira autora do artigo, à Agência Fapesp.
A tecnologia é pioneira e não afeta as células saudáveis do organismo, como acontece com o uso de quimio e radioterapia. Os pesquisadores esperam que a vacina funcione também contra outras doenças, como câncer de mama e próstata, tuberculose, hepatite, Covid-19, zika e HIV.