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Homem é o primeiro a tomar nova vacina contra câncer de pele no mundo

Paciente inglês tomou primeira vacina individualizada para reduzir por quase a metade os riscos de nova aparição do melanoma

atualizado

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Foto mostra o músico Steve Young, primeira pessoa conhecida do mundo a ter tomado uma vacina contra o câncer de pele melanoma
1 de 1 Foto mostra o músico Steve Young, primeira pessoa conhecida do mundo a ter tomado uma vacina contra o câncer de pele melanoma - Foto: Reprodução/Instagram/steveyounguk

Uma vacina que pode prevenir a recorrência do melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, está sendo testada em pacientes britânicos. Nesta sexta-feira (26/4) foram divulgadas as primeiras imagens de um homem recebendo o imunizante no mundo.

Ele participa da terceira fase de testes da vacina e é o primeiro a receber o imunizante nesta rodada final prévia à aprovação do medicamento.

A injeção utiliza uma técnica semelhante à das primeiras vacinas da Covid, a mRNA. Ela é adaptada de acordo com as células de cada paciente e tem potencial para ser usada também na prevenção de cânceres de pulmão, rins e bexiga.

O homem que deu rosto a este avanço da medicina foi o músico Steve Young, 52 anos. Ele foi diagnosticado com um melanoma em estágio II em sua cabeça, que foi removido em 2023. A vacina pode reduzir as chances de um retorno do câncer em seu organismo.

“Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer e tomar este imunizante foi um dos melhores dias da minha vida”, disse Steve em entrevista ao University College London Hospitals, instituição de saúde que está liderando os ensaios clínicos da vacina no Reino Unido.

Como a vacina contra o câncer funciona?

A vacina é produzida pelas farmacêuticas Moderna e Merck/MSD. Ela deve ser usada junto com o medicamento Keytruda, um imunoterápico que potencializa sua prevenção. Nos testes de fase 2, o risco de morte por um retorno do tumor em três anos diminuiu em 44% em comparação com as pessoas que usaram apenas o remédio.

“Esta vacina é um marco empolgante para visualizarmos como a terapia individualizada pode potencialmente transformar o tratamento da forma mais grave de câncer de pele no futuro”, disse o vice-presidente sênior da Moderna, Kyle Holen, em comunicado à imprensa.

A tecnologia é baseada em tecnologia mRNA. O tratamento personalizado funciona dando ao corpo uma espécie de manual de instruções que ajuda a produzir proteínas que possam neutralizar as células que, em exame prévio, foram identificadas como causadoras do câncer naquele paciente específico.

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Steve teve câncer de pele do tipo melanoma na cabeça
"Ter tido câncer foi um dos maiores sustos da minha vida, farei tudo para não viver aquilo novamente", disse o músico
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Ele é o primeiro paciente a participar dos testes do medicamento a ter sua identidade revelada

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Steve teve câncer de pele do tipo melanoma na cabeça

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"Ter tido câncer foi um dos maiores sustos da minha vida, farei tudo para não viver aquilo novamente", disse o músico

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A terapia individualizada é projetada para preparar o sistema imunológico para atacar as células tumorais de cada paciente, potencializando a ação do Keytruda no organismo.

“A ideia por trás desta imunoterapia é que, ao estimular o corpo a produzir essas proteínas, ele pode preparar o sistema imunológico para identificar e atacar rapidamente quaisquer células cancerígenas que as contenham com o objetivo de prevenir a recorrência do melanoma”, explica a oncologista Heather Shaw, coordenadora deste novo ensaio.

Assim como Steve, outros mil pacientes receberão o imunizante em todo o mundo nesta terceira fase do estudo, que deve durar pelo menos até 2026.

A previsão, porém, é que os resultados prévios possam embasar um lançamento experimental do imunizante ainda em 2025. O ensaio é duplo-cego, portanto há 50% de chances de que os pacientes recebam placebo em vez da injeção.

O que é o melanoma?

O melanoma é a forma mais grave de câncer de pele pois é a única que pode levar a metástases, por afetar células profundas da pele. No Brasil, aproximadamente 1,8 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência da doença de acordo com o Ministério da Saúde.

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