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Vacina contra a Covid-19 de empresa indiana Bharat Biotech está na fase 3

Imunizante desenvolvido por farmacêutica chegou à fase de testes clínicos em humanos. Vacina está prevista no plano de vacinação do governo

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1 de 1 seringa vacina - Foto: Karl-Josef Hildenbrand/ Picture alliance /GettyImages

Pouco conhecida entre os imunizantes em fase final de estudos, a vacina Covaxin, produzida pela empresa indiana Bharat Biotech, está sendo testada em 26 mil voluntários na Índia. Isso significa que os estudos estão na fase 3, etapa em que os testes clínicos são conduzidos em humanos. Esta imunização está incluída na lista de “adesão do Brasil às vacinas“, anunciada nesta quarta-feira (16/12), pelo Ministério da Saúde, ao lado das produzidas pela AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, Moderna, Janssen (Johnson & Johnson) e pelo consórcio da Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A fase 3 da pesquisa será realizada em 25 centros médicos indianos simultaneamente. A expectativa do laboratório é de produzir centenas de milhões de doses no primeiro semestre de 2021, caso os estudos sejam bem-sucedidos. De acordo com a empresa, os ensaios clínicos das fases 1 e 2 tiveram início no fim de julho. O recrutamento de voluntários para a etapa final de estudos começou no início de outubro.

As primeiras fases da pesquisa contaram com mais de 900 participantes. Os resultados foram enviados para revistas científicas, mas aguardam revisão. Em entrevistas, Sai Prasad, diretor-executivo da companhia, informou que os dados da terceira etapa “parecem promissores em termos de redução e também prevenção da doença”.

Sai Prasad afirmou, ainda, que a empresa está “definitivamente aberta” a novas parcerias para transferências de tecnologia com o Brasil. A farmacêutica fechou negociações de longo prazo no país, para a produção de imunizantes para combater a hepatite B. Outras duas vacinas, contra o vírus da zika e do chikungunya, estão em desenvolvimento.

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Como funciona a vacina indiana

O imunizante contra a Covid-19 da Bharat utiliza a técnica de modificar o coronavírus Sars-CoV-2, para torná-lo não infectante. O vírus é inserido em culturas de células Vero, uma linhagem utilizada em culturas microbiológicas. A prática foi descoberta por pesquisadores japoneses em 1962, de acordo com dados da Fiocruz, e é uma das poucas, na atualidade, aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso em produção de vacinas. A tecnologia é a mesma utilizada pela fabricante chinesa Sinovac Biotech, que produz a Coronavac.

A vacina indiana é administrada em duas doses, via intramuscular, com intervalo de 28 dias entre elas. Atualmente, a empresa anunciou ter capacidade de produzir 200 milhões de doses por ano. A ideia, contudo, é ampliar a produção para meio bilhão de doses/ano, além de montar novos centros de produção. A farmacêutica afirma ter acordos com governos e mercados privados em pelo menos 30 países.

Outro estudo conduzido pela instituição indiana é de uma vacina contra a Covid-19 com administração nasal. Sem necessidade de agulha, o medicamento, que está em fase pré-clínica de desenvolvimento, teria processo de imunização facilitado, segundo a empresa.

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