Vacina AstraZeneca não está ligada à formação de coágulos, diz agência
Relatos de formação de coágulos sanguíneo e mortes por distúrbios de coagulação motivaram países da Europa a suspender a vacinação
atualizado
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou nessa quinta-feira (11/3) não haver evidências concretas de que a vacina da AstraZeneca/Oxford contra Covid-19 esteja relacionada ao aumento do risco de pessoas desenvolverem coágulos sanguíneos.
“Não há indícios de que a vacinação tenha causado o problema, que sequer é listado como efeito colateral dessa vacina”, informou a agência por meio de comunicado.
A EMA abriu uma investigação depois que países como a Áustria e a Itália suspenderam o uso de um lote das vacinas após registrarem um pequeno número de casos e duas mortes associadas a distúrbios de coagulação. A Dinamarca, Noruega e Islândia também suspenderam a aplicação das injeções nessa quinta-feira (11/3).
Por meio de um comunicado, a agência de medicamentos da União Europeia destacou que foram registrados apenas 30 “eventos tromboembólicos” entre os cinco milhões de vacinados com o imunizante da AstraZeneca em toda a Europa e que o número não era maior do que o registrado na população em geral.
“Os benefícios da vacina continuam ultrapassando os riscos, e ela deve continuar sendo aplicada enquanto a investigação sobre os casos de trombose se desenrola”, concluiu.
A AstraZeneca, por sua vez, afirmou que a segurança da vacina foi amplamente estudada em ensaios clínicos de fases 1, 2 e 3. “Os reguladores têm padrões claros e rigorosos de eficácia e segurança para a aprovação de qualquer novo medicamento”, disse um porta-voz da empresa.
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