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USP cria implante derivado de algas para tratamento de doenças ósseas

Biomaterial criado a partir de uma combinação de colágeno e algas é capaz de estimular a regeneração óssea

atualizado

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Arquivo dos pesquisadores/Fapesp
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1 de 1 pesquisadores_fapesp_colageno_algas ossos - Foto: Arquivo dos pesquisadores/Fapesp

Um biomaterial produzido a partir de uma mistura de colágeno e carragenana, substância extraída de algas, é capaz de estimular a regeneração de ossos. A descoberta foi feita por pesquisadores do Laboratório de Físico-Química da Universidade de São Paulo (USP).

Em testes realizados em laboratório, o material se mostrou eficiente para substituir os transplantes de ossos que costumam ser feitos para tratar traumas e doenças como o osteossarcoma, tipo de câncer que afeta o esqueleto. O biomaterial ainda precisará ser testado outras vezes antes de ser incorporado aos tratamentos disponíveis à população.

A mistura sintética criada pelos pesquisadores brasileiros se mostrou tão eficiente quanto a técnica atual de enxertos e não necessita da realização de cirurgias prévias para a retirada de amostras de ossos. Além disso, o método atual só pode ser usado em pequenas áreas do corpo, o que pode ser superado com o uso do biomaterial.

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Como a pesquisa criou ossos a partir de algas?

Durante a pesquisa, os cientistas cultivaram em laboratório tanto a mistura proposta quanto o colágeno puro de mamíferos, comparando os resultados das matrizes de osteoblastos artificiais com a base celular esperada do tecido ósseo humano.

“A combinação de carragenana e colágeno estimulou melhor o desenvolvimento e foi muito mais eficiente no tratamento in vitro”, disse a professora de química Ana Paula Ramos, coordenadora do estudo, em entrevista ao Jornal da USP.

A descoberta foi publicada em artigo na revista Biomacromolecules em fevereiro de 2023. A carragenana, muito usada na indústria alimentícia, tem custo baixo, o que facilitaria ainda mais o acesso a tratamentos. “A ideia agora é realizar testes in vivo para avaliar a possibilidade e a segurança de preencher qualquer tipo de defeito ósseo com esse biomaterial”, completa a pesquisadora.

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