Uso de máscara no exercício não faz diferença na respiração, diz estudo
Pesquisa revela que, apesar do desconforto, não há mudança efetiva na quantidade de oxigênio e gás carbônico inalados
atualizado
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O uso de máscara para praticar exercícios físicos durante a pandemia de Covid-19 é polêmico. Apesar de alguns governos exigirem a utilização do item de segurança durante qualquer tipo de atividade física, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso.
Porém, mesmo sendo incômodo, uma pesquisa publicada nessa segunda-feira (16/11) mostra que não há mudança na quantidade de oxigênio e gás carbônico inalados.
Segundo os cientistas da Universidade da Califórnia San Diego, nos Estados Unidos, o uso da máscara não causa efeitos nem no coração, nem nos vasos sanguíneos ou nos pulmões. Foram revisados vários trabalhos que incluem tipos diferentes de máscaras, e a conclusão é que o item causa uma mínima resistência no fluxo de ar, mas nenhum mal à saúde.
“Pode existir uma percepção de maior esforço durante a atividade, mas os efeitos de usar a máscara no ato de respirar são pequenos, frequentemente muito pequenos para serem detectados”, explica Susan Hopkins, a pesquisadora responsável pelo estudo.
Apesar disso, alguns pacientes podem sofrer com dispneia, a sensação de falta de ar, principalmente se não estão acostumados com o uso da máscara. Mas Hopkins afirma que é apenas uma impressão e não há impacto cardiopulmonar em pessoas saudáveis.
Foram analisados pacientes jovens e idosos de ambos os sexos. O desconforto parece ser perigoso apenas para pessoas com doença cardiopulmonar severa, que já têm pré-disposição à dispneia de esforço. Caso o desconforto seja incapacitante, a orientação é procurar um médico.