A pesquisa realizada pelo Instituto Mallinckrodt de Radiologia e a Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, ambos nos Estados Unidos, analisou a relação entre o aspartame e a ansiedade.
O estudo foi conduzido em camundongos. Os roedores usados no experimento tinham acesso livre a um recipiente de água com adoçante — a dose de aspartame representava 15% da quantidade diária máxima recomendada para humanos, que equivale a 50 miligramas por quilo de peso corporal.
Os cientistas perceberam alterações significativas na amígdala, região do cérebro associada à ansiedade, e os ratos apresentaram um comportamento mais ansioso quando foram testados. Porém, quando os roedores receberam medicação para o problema, os sintomas cessaram.
Os efeitos do adoçante foram observados inclusive na prole dos animais por até duas gerações.
12 imagens
1 de 12
A ansiedade é uma espécie de condição psíquica caracterizada por preocupação constante e excessiva de que algo negativo possa acontecer. Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é, ainda, uma sensação difusa de desconforto carregado por sentimento frequente de apreensão que pode desencadear transtornos
Peter Dazeley/ Getty Images
2 de 12
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, e registrou ainda mais casos da condição durante a pandemia da Covid-19. Além de adultos, a ansiedade também pode se manifestar em crianças por diversos motivos, como divórcio dos pais, provas ou problemas na escola, por exemplo
Elva Etienne/ Getty Images
3 de 12
Apesar de ser considerada relativamente comum, uma vez que pode atingir qualquer pessoa por qualquer motivo, a ansiedade se torna um verdadeiro problema quando tudo vira motivo de preocupação exagerada e o paciente passa a apresentar crises
Tara Moore/ Getty Images
4 de 12
A crise de ansiedade é uma situação que causa grande sensação de angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau, e que foge completamente do controle, fosse acontecer a qualquer momento
Getty Images
5 de 12
A crise surge, normalmente, devido a situações estressantes específicas e que geram gatilho, como precisar fazer uma apresentação, ter prazo curto para entregar um trabalho, estar em algum lugar que não gostaria ou ter sofrido uma perda, por exemplo
Tara Moore/ Getty Images
6 de 12
Entre os sintomas de uma crise de ansiedade estão: batimentos cardíacos acelerados, sensação de falta de ar, formigamento no corpo, sensação de leveza na cabeça, dor no peito, náuseas, transpiração excessiva, tremores, entre outros
Holly Wilmeth/ Getty Images
7 de 12
Estes sintomas ocorrem devido ao aumento do hormônio adrenalina na corrente sanguínea, algo normal quando a pessoa enfrenta um momento importante. Contudo, se os sintomas se tornarem constantes, podem sinalizar um transtorno de ansiedade generalizada
Klaus Vedfelt/ Getty Images
8 de 12
O que se deve fazer durante uma crise de ansiedade depende da gravidade e da frequência dos sintomas e, por isso, o ideal é sempre receber aconselhamento especializado, de um psiquiatra ou psicóloga
Apesar disso, realizar exercícios de respiração, ingerir chá calmante, tentar conversar com alguém de confiança, descansar, desligar a mente, fazer atividades físicas que goste ou tentar manter o pensamento em algo que dê conforto são algumas dicas que podem ajudar a aliviar o problema
Jamie Grill/ Getty Images
10 de 12
Quando a crise de ansiedade acontece pela primeira vez, ou não se tem certeza do que está acontecendo, é importante procurar um hospital para garantir que não seja outro problema mais grave, como o infarto
Science Photo Library/ Getty Images
11 de 12
De qualquer forma, caso as crises sejam frequentes, um especialista deve ser procurado para identificar a causa e iniciar um tratamento
Fiordaliso/ Getty Images
12 de 12
A ansiedade pode desencadear problemas que, dependendo dos sintomas, podem ser classificados como Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), fobia social, síndrome do pânico, entre outros. Esses problemas podem gerar impacto na vida pessoal e profissional do paciente, por isso o quanto antes for diagnosticado, menos problemas serão enfrentados
kupicoo/ Getty Images
Resultados preliminares
Apesar dos dados alarmantes, os pesquisadores afirmam que são necessários mais estudos para entender a relação entre os adoçantes e a ansiedade. Eles sugerem que, assim como nos camundongos, o consumo da substância em doses exageradas pode causar alterações neurocomportamentais não somente nas pessoas que fazem uso do aspartame, mas também em seus descendentes.