Usar aparelho auditivo pode diminuir risco de demência, diz estudo
Uma pesquisa mostrou que não usar o aparelho em casos de perda auditiva aumenta em 42% as chances de desenvolver demência
atualizado
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Um estudo publicado pela revista The Lancet, nesta quinta-feira (13/04), aponta que pessoas com perda de audição que não usam o aparelho corretor têm um risco 42% maior de desenvolver quadros de demência.
A pesquisa foi coordenada por especialistas em audição da China, Japão, Austrália e Estados Unidos, usando como base informações de mais de 430 mil pessoas.
Estudos anteriores já haviam indicado que pessoas com perda auditiva tinham maior chance de sofrer quadros de demência, mas a novidade deste estudo é sugerir que o uso do aparelho pode, inclusive, evitar a progressão desse tipo de problema neurodegenerativo.
“Nosso estudo mostra que, com o uso dos aparelhos auditivos, que são minimamente invasivos do ponto de vista terapêutico, é possível mitigar o impacto da demência relacionada à perda auditiva”, afirma Dongshan Zhu, professor da Universidade de Shandong, na China, um dos coordenadores do estudo.
Benefícios do aparelho
O estudo mostrou que o uso do aparelho auditivo também foi efetivo para sua segunda função primordial: conter a perda auditiva.
Os dados apontam que 75% dos participantes do estudo que usaram o aparelho não tiveram nenhuma perda auditiva ao longo dos 12 anos de prontuários analisados.
“Aproximadamente 80% das pessoas que sofrem perdas auditivas no Reino Unido não usam nenhum tipo de aparelho para correção. A perda auditiva costuma ocorrer em pessoas acima dos 40 anos. Precisamos conscientizar todos a procurar atendimento médico quando notarem os sinais e usarem o aparelho sempre que ele for recomendado”, ressalta Zhu.
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