Usar adoçante não aumenta a fome e faz bem à saúde, diz estudo
Estudo indicou que adoçante não aumenta o apetite de quem o consome e ainda diminui o risco de ter diabetes
atualizado
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Apesar da variedade de adoçantes disponíveis no mercado, muita gente ainda se recusa a usá-los. Um dos argumentos é que o adoçante aumentaria a fome de quem o utiliza, fazendo com que se coma mais apesar de sua baixa quantidade de calorias.
Um estudo publicado nessa quinta-feira (28/3) na revista científica The Lancet comprovou em um teste cego que o adoçante não aumenta o apetite. Os participantes que consumiram produtos com açúcar tiveram a mesma sensação de saciedade dos que ingeriram alimentos com adoçante.
O adoçante, por sua vez, foi mais vantajoso por uma característica já conhecida: ele reduz os níveis de açúcar circulando no sangue, diminuindo o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
“Nos últimos anos, os adoçantes receberam muita propaganda negativa relacionada a potenciais danos toxicológicos. Criou-se, então, uma sensação de insegurança em relação ao seu uso. O que vemos na pesquisa, porém, é que há evidencias cruciais que apontam para os benefícios dessa opção”, afirmou o psicólogo e biólogo Graham Finlayson, um dos principais autores da pesquisa, em comunicado à imprensa.
Como foi feita a pesquisa
A pesquisa foi feita por psicólogos da Universidade de Leeds, na Inglaterra. Eles avaliaram em laboratório a alimentação de 53 adultos por duas semanas.
Todos eles estavam acima do peso indicado ou tinham obesidade e foram levados a um laboratório para comer biscoitos de fruta que tinham açúcar, estévia ou neotame (os dois são tipos diferentes de adoçante).
Antes e depois da ingestão, os cientistas coletavam sangue e os participantes respondiam a questionários que perguntavam, entre outras questões, sobre a sensação de fome.
Adoçante não aumentou a fome
Os resultados dos dois tipos de adoçantes não mostraram diferenças no apetite ou nas respostas endócrinas em comparação com o açúcar, mas os níveis de insulina medidos duas horas após a ingestão foram reduzidos, assim como a quantidade de açúcar no sangue.
“A redução do consumo de açúcar é um ponto chave a ser defendido por políticas de saúde pública por seu impacto crescente nas doenças metabólicas relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo 2. É preciso criar opções saborosas e vencer a resistência do público de aderir a elas”, defendeu a psicóloga Catherine Gibbons, autora principal do estudo.
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