metropoles.com

Usar adoçante não aumenta a fome e faz bem à saúde, diz estudo

Estudo indicou que adoçante não aumenta o apetite de quem o consome e ainda diminui o risco de ter diabetes

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Alina Rosanova/Getty Images
Foto colorida de mão branca colocando sachê de adoçante em xícara de café. Ao lado, há um celular e a outra mão segura uma colher pequena - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mão branca colocando sachê de adoçante em xícara de café. Ao lado, há um celular e a outra mão segura uma colher pequena - Metrópoles - Foto: Alina Rosanova/Getty Images

Apesar da variedade de adoçantes disponíveis no mercado, muita gente ainda se recusa a usá-los. Um dos argumentos é que o adoçante aumentaria a fome de quem o utiliza, fazendo com que se coma mais apesar de sua baixa quantidade de calorias.

Um estudo publicado nessa quinta-feira (28/3) na revista científica The Lancet comprovou em um teste cego que o adoçante não aumenta o apetite. Os participantes que consumiram produtos com açúcar tiveram a mesma sensação de saciedade dos que ingeriram alimentos com adoçante.

O adoçante, por sua vez, foi mais vantajoso por uma característica já conhecida: ele reduz os níveis de açúcar circulando no sangue, diminuindo o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

“Nos últimos anos, os adoçantes receberam muita propaganda negativa relacionada a potenciais danos toxicológicos. Criou-se, então, uma sensação de insegurança em relação ao seu uso. O que vemos na pesquisa, porém, é que há evidencias cruciais que apontam para os benefícios dessa opção”, afirmou o psicólogo e biólogo Graham Finlayson, um dos principais autores da pesquisa, em comunicado à imprensa.

Como foi feita a pesquisa

A pesquisa foi feita por psicólogos da Universidade de Leeds, na Inglaterra. Eles avaliaram em laboratório a alimentação de 53 adultos por duas semanas.

Todos eles estavam acima do peso indicado ou tinham obesidade e foram levados a um laboratório para comer biscoitos de fruta que tinham açúcar, estévia ou neotame (os dois são tipos diferentes de adoçante).

Antes e depois da ingestão, os cientistas coletavam sangue e os participantes respondiam a questionários que perguntavam, entre outras questões, sobre a sensação de fome.

10 imagens
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de os malefícios do açúcar serem altamente divulgados, o Brasil é um dos países que mais consome a substância no mundo
Os brasileiros ingerem ao menos 80g de açúcar por dia, o que é superior ao recomendado: 25g a 50g diárias, levando em consideração uma dieta de duas mil calorias
Segundo especialistas, o açúcar possui propriedades viciantes e acionam uma série de reações no corpo humano. Além de causar alergias, ingerir a substância em excesso pode desativar o sistema imunológico e deixar o indivíduo mais propenso a adquirir infecções
O excesso de açúcar no corpo faz com que a glicemia dispare e, após um tempo, despenque. Além disso, o corpo pedirá mais e, caso não receba, começará a enviar sinais de abstinência. Consequentemente, o indivíduo entra em ciclo compulsório de fome e o desejo pelo consumo de doces aumenta
A partir disso, o problema só piora. O organismo deixa de funcionar da forma correta e sérios problemas de saúde começam a surgir
1 de 10

O consumo excessivo de açúcar está diretamente ligado a sérios problemas de saúde. Comer muito doce e carboidratos, por exemplo, pode aumentar a chance de desenvolver diabetes, câncer, obesidade, entre outros

2 de 10

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de os malefícios do açúcar serem altamente divulgados, o Brasil é um dos países que mais consome a substância no mundo

Conny Marshaus/ Getty Images
3 de 10

Os brasileiros ingerem ao menos 80g de açúcar por dia, o que é superior ao recomendado: 25g a 50g diárias, levando em consideração uma dieta de duas mil calorias

Flashpop/ Getty Images
4 de 10

Segundo especialistas, o açúcar possui propriedades viciantes e acionam uma série de reações no corpo humano. Além de causar alergias, ingerir a substância em excesso pode desativar o sistema imunológico e deixar o indivíduo mais propenso a adquirir infecções

Westend61/ Getty Images
5 de 10

O excesso de açúcar no corpo faz com que a glicemia dispare e, após um tempo, despenque. Além disso, o corpo pedirá mais e, caso não receba, começará a enviar sinais de abstinência. Consequentemente, o indivíduo entra em ciclo compulsório de fome e o desejo pelo consumo de doces aumenta

wundervisuals/ Getty Images
6 de 10

A partir disso, o problema só piora. O organismo deixa de funcionar da forma correta e sérios problemas de saúde começam a surgir

milanvirijevic/ Getty Images
7 de 10

A funcionalidade e elasticidades dos tecidos são perdidos, o que faz com que o envelhecimento precoce se instale. Problemas na visão e apodrecimentos dos dentes também são possíveis. Além disso, doenças autoimunes podem ser provocadas; e a saúde dos cabelos, ser comprometida

Eric Raptosh Photography/ Getty Images
8 de 10

O consumo excessivo da substância também pode causar diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares, ansiedade, estresse, baixa energia, problemas intestinais, enxaqueca, instabilidade emocional, entre outros

Tom Werner/ Getty Images
9 de 10

Apesar de o que possa parecer, não é necessário cortar o açúcar de uma vez, mas consumir com moderação

Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images
10 de 10

Ter o controle da quantidade do açúcar ingerido auxilia tanto na perda de peso quanto na melhoria da qualidade de vida. Exercícios físicos, alimentação balanceada e uma boa noite de sono podem ajudar a diminuir o vício em doces

Thomas Barwick/ Getty Images

Adoçante não aumentou a fome

Os resultados dos dois tipos de adoçantes não mostraram diferenças no apetite ou nas respostas endócrinas em comparação com o açúcar, mas os níveis de insulina medidos duas horas após a ingestão foram reduzidos, assim como a quantidade de açúcar no sangue.

“A redução do consumo de açúcar é um ponto chave a ser defendido por políticas de saúde pública por seu impacto crescente nas doenças metabólicas relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo 2. É preciso criar opções saborosas e vencer a resistência do público de aderir a elas”, defendeu a psicóloga Catherine Gibbons, autora principal do estudo.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?