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Usar a internet aos 50 reduz risco de demência pela metade, diz estudo

Pesquisa concluiu que o tempo de internet é determinante para estimular o raciocínio; excesso pode prejudicar. Saiba quanto é recomendado

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Homem de 50 anos usa o computador - Metrópoles
1 de 1 Homem de 50 anos usa o computador - Metrópoles - Foto: Olga Serba/Getty Images

Um estudo feito por médicos da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, revelou que usar a internet regularmente na faixa entre 50 e 65 anos pode reduzir pela metade o risco de desenvolver demência.

A pesquisa acompanhou o progresso cognitivo de 18.154 adultos nesta faixa etária e foi publicada no Journal of the American Geriatrics Society nessa quarta-feira (3/5).

“Usar a internet pode ajudar a desenvolver e a manter uma reserva cognitiva, que, por sua vez, pode compensar o envelhecimento cerebral e reduzir o risco de demência”, disse uma das autoras do estudo, a médica e socióloga Virginia W. Chang, em anúncio à imprensa.

Os investigadores acompanharam os pacientes por oito anos. Eles monitoraram os voluntários a cada dois anos, com a realização de entrevistas e a busca por sinais de demência em testes de esforço e exames de imagem.

Os médicos descobriram que, embora o grupo de pessoas que usava a internet fosse maior, com 10.333 participantes, apenas 224 foram diagnosticados com demência. Entre os 7.821 voluntários que não usavam a internet, 959 desenvolveram a doença.

Excesso também é perigoso

Segundo os pesquisadores, o gráfico de redução de risco tem forma de U. Isso quer dizer que há perigo em ignorar ou usar a internet de maneira excessiva. O período ideal de uso diário seria de, no máximo, duas horas por dia.

As pessoas que nunca usavam a internet apresentaram 67% mais de chances de ter demência em relação aos que usavam moderadamente. Os que superavam as oito horas diárias, porém, também tiveram níveis ainda maiores da doença do que o grupo sem acesso à internet.

“Os intervalos maiores parecem preocupantes, mas falta uma base de dados de pessoas maior para podermos avaliá-lo”, aponta o estudo.

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