Uma em cada 10 crianças desenvolve Covid longa, diz estudo
Pesquisa israelense revelou que crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 podem ter sintomas do novo coronavírus por até seis meses
atualizado
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Um estudo israelense revelou que uma em cada dez crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 desenvolve a Covid longa, quando os sintomas da doença permanecem por mais de 60 dias. As causas para a condição ainda são desconhecidas pelos estudiosos, mas eles acreditam que a reação exagerada seja resultado do comportamento imunológico dos pequenos e pequenas. Pela análise do ministério da Saúde de Israel, mais de 11% das crianças enfrentam, por um período de até seis meses, os sintomas da Covid-19.
Para a pesquisa, realizada entre maio e junho deste ano, os cientistas entrevistaram 13.834 pais de crianças entre 3 e 18 anos que se recuperaram do vírus. Mais de 11% relataram que, meses depois, seus filhos e filhas ainda apresentavam sintomas da Covid-19. Depois de seis meses, as taxas caíram para menos de 2%.
Os resultados revelaram ainda que os adolescentes de 12 a 18 anos tinham mais probabilidade de apresentar sintomas a longo prazo e que 4,6% deles relataram a presença dos sintomas seis meses depois da infecção.
No estudo, os pesquisadores afirmaram que “em conclusão, com base nas descobertas cumulativas em todo o mundo, é evidente que o coronavírus tem efeitos de longo prazo, não apenas na população adulta, mas também entre as crianças e adolescentes”.
Pesquisadores do mundo todo ainda não sabem exatamente como a Covid se instala e permanece no organismo de crianças e adolescentes. Alguns acreditam que o sistema imunológico continua a lutar mesmo depois que o vírus desaparece e que os sintomas de uma pessoa recuperada não vem do vírus em si, mas do corpo que tenta combatê-lo.
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