Uma a cada três mães de bebês afetados pelo zika está deprimida
Estudo foi realizado em Salvador com familiares de 165 crianças atingidas pela epidemia entre 2015 e 2016
atualizado
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Um estudo realizado com famílias de 165 crianças impactadas de alguma forma pelo surto do zika vírus, entre 2015 e 2016, mostrou que um a cada três cuidadores apresenta diagnóstico de depressão. O trabalho de pesquisa foi realizado em Salvador por uma equipe coordenada pela professora da Universidade Federal da Bahia Darci Neves, que é epidemiologista.
De acordo com ela, a síndrome congênita do zika vírus gera um fator surpresa na família e ocasiona situações de estresse que podem levar à depressão. Entre os entrevistados que relataram quadros depressivos, 90% são mães. Como estratégia para lidar com a situação, a epidemiologista aconselha a elaboração de políticas públicas que deem suporte aos cuidadores, principalmente às mães.
A equipe acompanhou casos de microcefalia, hidrocefalia ou em que não houve interferência na aparência do bebê, mas aconteceram danos neurológicos. O vírus da doença foi identificado pela primeira vez na capital baiana, em 2015, em pacientes infectados. A microcefalia se tornou a complicação mais conhecida em bebês de mães que tiveram o vírus zika, mas existem outros desdobramentos, como problemas motores e neurológicos, que podem afetar a visão, a audição e o desenvolvimento da criança. (Com informações da Agência Brasil)