Uma a cada 3 pessoas que percebem demência mantém suspeita em segredo
De acordo com pesquisa realizada no Reino Unido, as pessoas evitam trazer o assunto à tona ao perceber sinais em si e em seus entes queridos
atualizado
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O medo de falar sobre demência ao notar os primeiros sinais leva muitos pacientes a atrasarem o diagnóstico e tratamento. Uma pesquisa da Alzheimer’s Society, no Reino Unido, revelou que 33% das pessoas que perceberam sintomas em si mesmas ou em seus familiares e amigos preferiram não abordar o assunto por ao menos um mês por medo de trazer o tema à tona.
Segundo 23% dos entrevistados, o medo do diagnóstico levou a uma demora de mais de seis meses para procurar atenção médica. Por outro lado, a pesquisa mostrou que apenas 15% conseguiram falar sobre publicamente sobre o assunto com seus entes queridos logo após observarem os primeiros sinais.
A pesquisa foi feita com 1,1 mil pessoas com mais de 85 anos, pois o envelhecimento é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de quadros de demência. Entre os participantes do levantamento, 64% afirmam ter confundido os sinais com o envelhecimento natural.
“Nós não podemos evitar a ‘palavra com d’. Temos que encarar a demência de frente, já que nove de cada dez pessoas que buscam o tratamento acabam tendo benefícios na sua qualidade de vida depois que conseguem um diagnóstico definitivo”, afirmou a diretora da Alzheimer’s Society, Kate Lee, em comunicado à imprensa.
De acordo com os entrevistados, o medo do diagnóstico é causado pelo temor de passarem a ser tratados como crianças.
Para combater o medo de as pessoas falarem sobre demência, a Alzheimer’s Society lançou uma campanha em vídeo que conscientiza o público da importância do acompanhamento médico para a qualidade de vida das pessoas.
Os principais sinais de demência a serem observados são:
- Perda de memória;
- Problemas em usar a linguagem;
- Mudanças na personalidade;
- Desorientação;
- Problemas ao fazer tarefas diárias habituais;
- Comportamento perturbador ou inapropriado.
“A demência mata, sobrecarrega nossos sistemas de saúde e atinge a sociedade em larga escala. É urgente que busquemos meios de enfrentá-la como um desafio global”, disse a diretora de pesquisa da Alzheimer’s Society, Fiona Carrangher.
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