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Excesso de ultraprocessados pode causar insônia crônica, sugere estudo

Pesquisa aponta que ingestão de alimentos com excesso de gordura e de conservantes está associada à dificuldade de dormir

atualizado

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fast food ultraprocessados
1 de 1 fast food ultraprocessados - Foto: Canva

Uma pesquisa recente indicou que a ingestão frequente de comidas ultraprocessadas e gordurosas pode causar insônia crônica. Realizado por epidemiologistas da Universidade de Sorbonne, na França, e da Unviersidade de Columbia, nos Estados Unidos, o trabalho foi publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.

Um outro estudo feito em 2023 havia indicado que alimentos deste tipo atrapalham a capacidade de a pessoa alcançar o estágio de sono profundo. Desta vez, porém, a pesquisa foi feita com maior número de pessoas, comparando padrões de sono e de alimentação.

Os pesquisadores analisaram dados de 38,5 mil adultos que responderam questionários do estudo NutriNet-Santé, que reúne informações sobre hábitos de vida da população francesa desde 2009. Entre os respondentes, 16% afirmaram que obtinham a maior parte de suas calorias diárias de ultraprocessados e 19,4% relataram ter insônia crónica.

Ao cruzarem os dados, os pesquisadores descobriram que os dois grupos praticamente coincidiam.

Para pessoas com dietas ricas em ultraprocessados, as chances de ter insônia crônica eram de 9% a mais entre homens e 5% a mais entre mulheres.  Os ultraprocessados são alimentos que contêm aditivos (aromatizantes artificiais, corantes), grandes quantidades de açúcar, gordura ou sal e baixas quantidades de fibras alimentares.

Hipóteses consolidadas

Ainda não está claro como um quadro interfere no outro, mas se sabe que os ultraprocessados levam a um acúmulo de peso e também já está consolidado na ciência que as pessoas com sobrepeso e obesidade tendem a ter piores noites de sono.

“Numa época em que cada vez mais alimentos são altamente processados ​​e os distúrbios do sono são galopantes, é importante avaliar se a dieta pode contribuir para um sono adverso ou de boa qualidade”, explicou a professora Marie-Pierre St-Onge, uma das líderes do estudo, em um comunicado à imprensa.

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