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Ultraprocessados causam mais de 50 mil mortes por ano, diz estudo

Levantamento de pesquisadores da USP e da Fiocruz relaciona consumo de ultraprocessados com morte precoce de mais de 50 mill brasileiros

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Prato com carne vermelha- Metrópoles
1 de 1 Prato com carne vermelha- Metrópoles - Foto: Israel Sebastian/ Getty Images

Um artigo publicado nessa segunda-feira (7/11) na revista médica American Journal of Preventive Medicine apontou que mais de 50 mil adultos morrem anualmente em decorrência do consumo de alimentos ultraprocessados.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisaram 541.160 causas de óbito de pessoas entre 30 e 69 anos em 2019. Das mortes, cerca de 57 mil decorreram de uma alimentação rica em alimentos ultraprocessados.

O número equivale a mais de 10% dos óbitos registrados nessa faixa etária. Os alimentos ultraprocessados estão relacionados a muitas doenças crônicas que podem levar à morte, como a hipertensão.

De acordo com o pesquisador Eduardo Nilson, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, as principais causas de morte relacionadas à má alimentação são o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Mas também levamos em consideração o diabetes, a obesidade, e a doença renal crônica”, diz o cientista.

Metodologia

O grupo conduziu o estudo realizando um modelo estatístico que simulou os riscos de morte precoce estimando a proporção e o número de óbitos prematuros por todas as causas que poderiam ser evitadas ao reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados (AUPs).

A abordagem de modelagem envolveu três etapas: na primeira, a ingestão inicial de AUPs foi estimada usando uma pesquisa aplicada nacionalmente sobre os hábitos alimentares dos brasileiros segmentada por sexo e faixa etária. Na segunda, os pesquisadores analisaram como a redução na ingestão de AUPs em cada grupo os afetaria, em hipóteses imaginárias. Na última fase, eles observaram quanto a diminuição reduziria a mortalidade por todas as causas, incluindo uma análise comparativa de avaliação de risco.

A conclusão revelou que o consumo reduzido de alimentos ultraprocessados poderia, potencialmente, ter evitado entre 5,9 mil e 29,3 mil mortes. Os AUPs, portanto, representariam uma significante causa de morte prematura no Brasil.

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial
Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente
Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos
A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia
Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão
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A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

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Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente

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Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos

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A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia

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Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão

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Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis

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Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados

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Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos

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Problema de saúde pública

“O que muda ao longo do tempo não é o risco em si, mas o que a gente chama de exposição, que é o quanto aquele fator de risco afeta a população. Isso vai ser representado pelo tanto de alimentos ultraprocessados que é consumido, e a gente sabe que o aumento desse consumo é cada vez maior”, explica Nilson.

Os pesquisadores apontam que um cenário ainda mais crítico se desenvolveu depois da pandemia, devido à queda do poder de consumo dos brasileiros.

“Uma das análises que fizemos no artigo é que, se voltássemos ao que tínhamos de ultraprocessados (na alimentação) há 10 anos, já reduziria em 20% essas mortes atribuídas. Esse dado mostra que o impacto da redução é grande e necessário”, diz o cientista.

Apesar dos índices serem preocupantes, eles ainda seguem melhores do que o de países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, onde os AUPs correspondem a até 60% das calorias consumidas pelos indivíduos. Para o pesquisador, os resultados evidenciam como o consumo crescente de alimentos ultraprocessados deve ser tratado como um problema de saúde pública.

Alimentos ultraprocessados

Os AUPs são alimentos que passaram por vários processos industriais, recebendo adição de açúcares, sódio, gorduras trans, corantes e conservantes produzidos artificialmente para melhorar a cor, o sabor e a durabilidade dos produtos. A composição dos ultraprocessados é baixíssima em nutrientes como vitaminas e minerais, além de terem muitas calorias.

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