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“Tsunami”: com lotação máxima, Sírio-Libanês passa a recusar pacientes

Paulo Chap Chap, CEO do hospital, afirmou que cirurgias foram canceladas devido a alta de internações por Covid-19 nas unidades

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paciente de covid na UTI do Hospital Santa Bárbara em goiânia
1 de 1 paciente de covid na UTI do Hospital Santa Bárbara em goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Por conta do pico de casos de internação por coronavírus no país, o Hospital Sírio-Libanês não está mais aceitando novos pedidos de transferência de pacientes e pausou todas as cirurgias eletivas em São Paulo. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11/3) pelo CEO da empresa, Paulo Chap Chap, em um evento restrito transmitido via redes sociais.

Em entrevista ao Estadão, Chap Chap afirmou que o hospital, referência em atendimento para o país, tem 217 pacientes internados em São Paulo. Em julho de 2020, a unidade contabilizava 135 pessoas internadas. Segundo ele, 36 infectados que solicitaram transferência para o Sírio Libanês não serão atendidos.

“Hoje (quarta) de manhã não tinha nenhuma vaga em UTI. Estamos convertendo o maior número possível de leitos, mas o sistema não aguenta um tsunami”, afirmou Paulo Chap Chap.

O perfil dos pacientes internados por coronavírus está mudando, de acordo com o diretor executivo do hospital. Se no início da pandemia a internação e os óbitos de idosos por conta da doença eram mais comuns, agora são os jovens que mais morrem. “Estamos vendo jovens morrendo, simplesmente pelo fato de que há muito mais jovens contaminados”, justificou Paulo.

O receio é que, com o colapso do sistema de saúde, quadros de média gravidade e que poderiam ser tratados possam evoluir para óbitos. “Podemos chegar nessa situação, seria catastrófico”, alertou o CEO.

Para evitar que casos não graves não sejam tratados adequadamente e barrar a disseminação do Sars-CoV-2, Chap Chap defende a adoção de medidas mais restritivas, como o fechamento de templos e de escolas. “Não quero ser alarmista, mas estamos perto de um colapso. Está na hora aprofundarmos as medidas. Tem de ter medidas fortes por 2 a 3 semanas”, justificou.

Veja como o coronavírus ataca o corpo:

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