Tromboembolismo pulmonar: entenda causa da morte do cantor Maurílio
Também conhecido como embolia pulmonar, o problema ocorre quando um coágulo bloqueia a passagem de sangue para o pulmão
atualizado
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O cantor sertanejo Maurílio Delmont Ribeiro, que formava dupla com a cantora Luiza, morreu nesta quarta-feira (29/12), aos 28 anos, por conta de um tromboembolismo pulmonar. O sertanejo estava internado desde o dia 15 de dezembro, quando passou mal após uma gravação.
Maurílio teve uma série de paradas cardíacas no hospital e, por fim, não resistiu a uma infecção pulmonar grave. De acordo com o médico que o acompanhava, alguns dias antes, o cantor sertanejo havia reclamou de dor nas pernas, o que pode ter sido o primeiro sintoma do tromboembolismo pulmonar.
O tromboembolismo pulmonar, também conhecido como embolia pulmonar ou infarto pulmonar, é resultado de um quadro grave, que se inicia quando um trombo (coágulo) localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta e bloqueia os vasos sanguíneos do pulmão, impedindo a passagem adequada de sangue para o órgão. Nos casos mais graves, o desprendimento do coágulo pode levar à morte súbita.
A falta de circulação sanguínea adequada resulta na morte progressiva da região afetada, causando dor torácica ao respirar e intensa falta de ar no paciente. A combinação entre a dificuldade para respirar e as lesões no pulmão implicam na diminuição do oxigênio no sangue, o que pode comprometer os demais órgãos.
O problema se agrava quando o paciente desenvolve vários coágulos ou quando a complicação dura muito tempo. Entre as doenças cardiovasculares, a tromboembolia pulmonar é a terceira principal causa de morte, atrás do infarto agudo do miocárdio e do acidente vascular cerebral (AVC).
Fatores de risco
Obesidade, tabagismo, distúrbios na coagulação do sangue, idade superior a 40 anos, imobilidade prolongada, cirurgias extensas, câncer, traumas, varizes, insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são apontados como fatores de risco para o tromboembolismo pulmonar.
Entre as mulheres, o uso de anticoncepcionais com estrógeno, a realização de reposição hormonal, a gravidez e o pós-parto também são fatores de risco.
Tratamento
O tratamento na fase aguda é feito com anticoagulantes. Em casos de emergência, trombolíticos também podem ser administrados para reverter a gravidade do quadro.