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Três em cada 10 famílias atrasaram vacina dos filhos na pandemia

Levantamento feito com 2 mil pessoas em cinco cidades mostra que os pais estão receosos em relação aos riscos de contágio

atualizado

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1 de 1 vacinação - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Apesar de o desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus ser um dos assuntos que mais mobilizam a população mundial neste momento, a adesão a imunizações contra outras doenças está em baixa no país.

Uma pesquisa de opinião encomendada pela Pfizer ao Ibope Inteligência mostra que três em cada 10 pais de crianças atrasaram a vacinação dos filhos por causa da pandemia ou não sabe como está o cumprimento do calendário de imunização anotado na carteirinha deles. Os dados foram divulgados à imprensa nesta segunda-feira (17/8)

O levantamento foi feito com 2 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador. “Embora muito se fale sobre imunização neste momento, é importante que a população sempre esteja atenta para as vacinas requeridas na carteirinha. Apesar de simples, esse ato é capaz de salvar vidas. Quando não prevenidas, diversas enfermidades podem, juntas, levar a quadros de saúde graves e de difícil identificação”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

Pandemia
O medo do vírus contribui para o cenário. Dados da pesquisa mostram que 18% dos entrevistados afirmaram que, em tempos de pandemia, estão em dúvida sobre se vacinar ou vacinar familiares, pois não têm certeza se é seguro sair para isso.

Na verdade, não há nenhuma recomendação para que a vacinação seja adiada. Ao contrário, existe a preocupação que no pós-pandemia algumas doenças infectocontagiosas retornem por conta de uma queda na cobertura vacinal. “É muito importante que as pessoas não deixem de se vacinar, que compareçam para a vacinação tomando todas as precauções possíveis, mas compareçam. Uma cobertura vacinal baixa pode significar o surgimento de epidemias de sarampo, varicela, catapora e coqueluche, entre outras, no retorno às aulas”, explica a infectologista Maria Isabel de Moraes Pinto, da rede de laboratórios Exame.

O Ministério da Saúde segue com campanhas de vacinação nacionais, e as clínicas particulares onde as vacinas são aplicadas mantêm protocolos para que não haja prejuízos à saúde dos pacientes.

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