Tratamento experimental cura 18 pacientes com leucemia, mostra estudo
Estudo publicado na revista Nature mostra que o revumenib eliminou completamente o câncer de pacientes com leucemia mielogênica aguda (LMA)
atualizado
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Um tratamento experimental contra leucemia mielogênica aguda (LMA) levou à remissão total da doença em 18 pacientes inscritos em um estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, o revumenib foi capaz de eliminar completamente o câncer dessas pessoas.
A leucemia mieloide aguda é o tipo mais comum e mais agressivo de leucemia. Nela, as células-tronco mieloides, responsáveis pela produção das células sanguíneas – leucócitos, hemácias e plaquetas –, sofrem mutações genéticas que causam a produção descontrolada de células doentes, que se multiplicam rapidamente.
Os resultados do estudo clínico de fase 1 foram divulgados na quarta-feira (15/3), na revista Nature, uma das publicações científicas mais prestigiadas.
A pesquisa contou com 68 pacientes diagnosticados com diferentes tipos de leucemia, incluindo a mielóide aguda (82%), a linfocítica aguda (16%) e a aguda de fenótipo misto (2%). Todos haviam tentado outras estratégias de tratamentos previamente e metade deles tinha feito um transplante alogênico de células-tronco anterior, mas todos sem resultados positivos.
Os testes mostraram que a inibição de uma proteína chamada “menin” com o revumenib produziu respostas importantes para leucemias agudas avançadas com rearranjos KMT2A, difíceis de tratar; ou mutações NPM1, a alteração genética mais comum neste tipo da doença.
De acordo com os pesquisadores, 32 de 60 participantes (53%) apresentaram uma resposta geral ao tratamento. O revumenib eliminou completamente o câncer de 18 pessoas envolvidas no estudo (30%).
“Estou animado com os resultados, que sugerem que o revumenibe pode ser uma terapia oral eficaz, direcionada para pacientes com leucemia aguda causada por essas alterações genéticas. As taxas de resposta, especialmente as de eliminação da doença residual, são as mais altas que já vimos com qualquer monoterapia usada para esses subconjuntos de leucemia resistente”, afirma o líder do estudo, Ghayas Issa, em comunicado.
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