Novo tratamento consegue eliminar acúmulo de placas nas artérias
Estudo com nanopartículas apresentou resultados animadores para combater a aterosclerose, doença caracteriza pelo entupimento das artérias
atualizado
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Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan e da Universidade Stanford estão desenvolvendo um método para combater a aterosclerose, doença caracteriza pelo entupimento das artérias devido a formação de placas de gordura.
Usando nanopartículas mais finas que um fio de cabelo humano, carregadas com um medicamento capaz de ativar células imunológicas, os pesquisadores conseguiram tratar a aterosclerose em porcos.
“Usando exames de PET [tomografia por emissão de pósitrons], conseguimos medir os efeitos da terapia nas artérias dos porcos”, afirmou o engenheiro biomédico Bryan Smith, da Universidade Estadual de Michigan. “Mostramos em modelos animais, que podemos diminuir os níveis de inflamação na placa”, completou.
As nanopartículas conseguiram reativar um processo do sistema imunológico chamado eferocitose, que elimina as células mortas ou danificadas que contribuem para a formação das placas de gordura nas artérias.
O tratamento com nanopartículas não resultou em danos colaterais perceptíveis dentro das artérias. Potencialmente, esse método de limpeza poderia destruir células saudáveis do sangue, levando à anemia – o que não ocorreu. As nanopartículas foram certeiras em dissolver as placas de gordura que atrapalhavam o fluxo sanguíneo.
A pesquisa foi publicada em 13 de setembro na revista Nature Communications e é importante pois a aterosclerose representa o fator de risco mais importante para infartos e AVCs (acidentes vasculares cerebrais).
Os pesquisadores pretendem continuar com os estudos para desenvolver um tratamento que possa ser usado em pacientes com a doença.
Infartos e AVCs
Levantamento recente do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média passou de 1.930 para 4.973, aumento de 157%.
No ano de 2024, até o mês de agosto, segundo dados dos registros de atestados de óbitos, 50.133 brasileiros morreram por AVC no Brasil.
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