Transmissão de coronavírus é maior do que a de H1N1 em 2009
Nota técnica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) aponta que a disseminação do novo coronavírus é mais rápida. H1N1 matou 18 mil
atualizado
Compartilhar notícia
Uma nota técnica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirma que o contágio do coronavírus é maior do que o do H1N1 — responsável pela pandemia de 2009.
Segundo a entidade, a capacidade de transmissão, que é o número médio de “contagiados” por cada pessoa doente, do novo coronavírus é de 2,74, ou seja, uma pessoa doente com a Covid-19 transmite o vírus, em média, a outras 2,74 pessoas.
Comparativamente, na pandemia de influenza H1N1 em 2009, esta taxa foi de 1,5.
Apesar do indicativo, segundo a SBI, aproximadamente 80 a 85% dos casos são leves e não necessitam de hospitalização, devendo permanecer em isolamento respiratório domiciliar; 15% necessitam internamento hospitalar fora da unidade de terapia intensiva (UTI); e menos de 5% precisam de suporte intensivo.
O período de incubação do vírus, ou seja, o tempo entre o dia do contato com o paciente doente e o início dos sintomas, é, em média, de 5 dias para a Covid-19. Em raros casos, o período de incubação chegou a 14 dias.
O Ministério da Saúde atualizou na manhã desta quinta-feira (12/03) as informações oficiais sobre o contágio no país. Até o momento, são 60 casos confirmados, 930 suspeitos e 947 descartados.
Desde a última atualização, foram adicionados seis casos no Paraná. Por enquanto, há casos confirmados em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
Na quarta-feira (11/03), a Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou classificação da infecção como uma pandemia mundial. Em 2009, o H1N1 matou 18,5 mil pessoas.