Homem passa 3 dias tossindo sangue após começar a usar Viagra
Paciente, que não foi identificado, tomou o remédio para melhorar o desempenho sexual, mas acabou tendo uma reação adversa rara
atualizado
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Um homem de 70 anos desenvolveu uma tosse com sangue após começar a usar Viagra, remédio para disfunção erétil. Ele teve os sintomas por três dias após experimentar o medicamento pela primeira vez.
Uma reação adversa ao uso do Viagra desta magnitude é extremamente rara e foi estudada em um artigo no British Medical Journal (BMJ) publicado em 29 de julho. Apenas seis outros casos deste tipo de reação já foram documentados na literatura médica.
O paciente, que não foi identificado, usou o remédio para melhorar o desempenho sexual e afirmou que não tinha feito uso do remédio antes. Ele sentiu a reação de imediato e passou outros três dias tossindo sangue.
Os médicos que o atenderam estimam que ele chegou a tossir cerca de 50 ml de sangue, equivalente a um copo de shot. O paciente parou de tomar o remédio e os sintomas desapareceram — por isso, os responsáveis pelo atendimento acreditam que a tosse era causada pelo uso do medicamento, já que tampouco foram encontradas anomalias no exame dele.
O que explica a tosse com sangue após o uso de Viagra?
O efeito está relacionado ao uso do remédio, mas não é diretamente causado por ele. O Viagra e os demais remédios para disfunção sexual não atuam aumentando a libido, apenas favorecem a circulação sanguínea em pequenos vasos do organismo, como os que estão no pênis, estimulando as ereções com maior facilidade. É por isso que pessoas com comprometimentos cardíacos são desaconselhadas a usar o remédio.
Ainda assim, tossir sangue não é uma reação esperada do uso do medicamento. Os médicos suspeitam que o histórico de comorbidades do homem pode ter tido um papel: ele tem problemas renais e por isso toma um anticoagulante que afina o sangue.
Eles acreditam que a interação entre os dois remédios foi o que levou à tosse com sangue, já que os vasos pulmonares podem ter sido demasiadamente irrigados e estouraram pela dificuldade de coagulação do sangue.
A conclusão dos médicos é que a interação entre os remédios deve ser mais estudada, mas que ainda é cedo para suspender seu uso combinado.
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