TOC: conheça os principais sinais do transtorno obsessivo-compulsivo
O quadro afeta todas as esferas da vida do paciente, com prejuízos no desenvolvimento individual e nas relações interpessoais
atualizado
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Ter algumas manias, em certa medida, faz parte da natureza humana. Mas é importante ficar atento e perceber quando comportamentos assim afetam a rotina pessoal e social, trazendo sofrimento ao indivíduo. O primeiro sinal indicativo de TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) é justamente a dificuldade de deixar essas manias de lado.
O TOC é um transtorno mental que se caracteriza por obsessões que geram ansiedade e compulsões, como a preocupação excessiva com a limpeza e a higiene pessoal, a indecisão em situações corriqueiras e pensamentos obsessivos que levam a realização de um rituais que amenizam a ansiedade.
As causas podem estar associadas a fatores psicológicos ou biológicos, como encefalites – inflamação do cérebro geralmente provocada por uma infecção –, herança genética, ou acidentes cerebrais.
De acordo com o psicoterapeuta Lucas Matias Felix, coordenador do curso de psicologia do Centro Universitário UniFTC, em Vitória da Conquista, na Bahia, a maioria dos pacientes diagnosticados com TOC já sofreu um episódio depressivo em algum momento da vida.
“O paciente que sofre com essa psicopatologia experimenta grande desconforto devido às suas obsessões e passa muito tempo em rituais de neutralização, o que pode levar à incapacidade funcional parcial ou total”, afirma Felix.
Principais sintomas do TOC
O psicanalista lista os sintomas mais comuns que podem ser observados em pessoas com TOC:
- Higienização em excesso;
- Perfeccionismo;
- Preocupação com a aparência física;
- Temor de enfrentar doenças;
- Obsessões agressivas, como medo de ferir, prejudicar ou matar outra pessoa sem intenção;
- Obsessões de autoextermínio;
- Receio de fazer algo inconveniente, como furtar, roubar, xingar ou assediar pessoas desconhecidas.
De acordo com o especialista, o impacto desses comportamentos atinge todas as esferas da vida, com prejuízos sérios à qualidade de vida. O paciente, quando não tratado, pode apresentar dificuldades nas relações interpessoais, na escola e no trabalho.
Tratamento
Ao perceber algum sintoma, a pessoas deve buscar a orientação médica de um profissional de saúde para receber o diagnóstico e começar um tratamento que se ajuste ao seu quadro. O tratamento pode ser feito por meio de terapia cognitivo-comportamental ou com o uso de medicamentos antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina.
“Cuidar da saúde da mente e ter uma rotina saudável influenciam no bem-estar e nas atividades cognitivas. O paciente ficará mais proativo e disposto”, aponta Felix.
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