Após os encontros, as viagens e os festejos que caracterizaram o final de 2021, é possível que surjam casos de Covid-19 entre pessoas próximas ou conhecidas com quem você tenha mantido contato nos últimos dias.
De acordo com informes feitos por laboratórios particulares e pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a circulação do coronavírus no Brasil voltou a crescer após a chegada da variante Ômicron.
A infectologista Maria Isabel de Morais Pinto, da rede de saúde Dasa, afirma que, ainda que os quadros clínicos agora não sejam tão graves quando acontecem entre vacinados, é necessário estar atento para a possibilidade de transmissão do vírus e, por isso, o mais indicado é realizar um exame para confirmar ou descartar a suspeita.
O exame mais indicado para o diagnóstico é o teste PCR, que deve ser feito ao menos cinco dias após o contato com a pessoa infectada. “A circulação do vírus pode alcançar outros com proteção menor, seja por não estarem vacinados ou por uma má resposta do sistema imunológico”, explica a médica.
Maria Isabel sugere que, além do teste para Covid, seja realizado também o exame para o vírus influenza, já que os dois têm sintomas parecidos e estão circulando intensamente no Brasil.
“É necessário que a pessoa faça o teste tanto da influenza quanto da Covid-19 porque a sintomatologia respiratória pode ser muito parecida. É importante que a pessoa seja diagnosticada corretamente até porque existe a possibilidade de ela estar infectada pelos dois vírus ao mesmo tempo”, afirma.
Isolamento mesmo para assintomáticos
Em seguida, caso a infecção por Covid-19 seja confirmada, a pessoa deve cumprir um isolamento de dez dias para evitar transmitir o vírus para outros. Neste período, ela precisa avisar todos aqueles com quem tenha tido contato antes do diagnóstico sobre a possibilidade de que eles também tenham sido infectados.
Maria Isabel de Morais Pinto comenta que o Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, fez novas recomendações neste sentido, reduzindo o período de isolamento nos Estados Unidos de dez para cinco dias e que as mesmas orientações deverão ser adotadas no Brasil em breve.
15 imagens
1 de 15
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
2 de 15
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Getty Images
3 de 15
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 15
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Uwe Krejci/ Getty Images
5 de 15
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
Pixabay
6 de 15
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
Getty Images
7 de 15
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
Getty Images
8 de 15
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
9 de 15
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 15
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
Getty Images
11 de 15
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
Getty Images
12 de 15
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
Morsa Images/ Getty Images
13 de 15
No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
Morsa Images/ Getty Images
14 de 15
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
15 de 15
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados