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The Lancet: Covid matou 18 milhões no mundo, o triplo do registrado

Estudo internacional mostra que o impacto total da pandemia foi muito maior do que o indicado pelas mortes relatadas nos números oficiais

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Movimentação na Estação da Luz em SP - Covid - Aglomeração
1 de 1 Movimentação na Estação da Luz em SP - Covid - Aglomeração - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A pandemia da Covid-19 completa dois anos nesta sexta-feira (11/3), com mais de 6 milhões de óbitos provocados pela doença registrados em dados oficiais. Um estudo robusto, feito por 97 cientistas de 20 instituições internacionais, mostra agora que a pandemia pode ter feito um estrago muito maior, causando a morte de 18,2 milhões de pessoas em todo o mundo.

O estudo, publicado na quinta-feira (11/3), na revista The Lancet, levou em consideração a estimativa de “excesso de mortalidade” pela pandemia em 191 países, entre 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2021. O número leva em consideração a quantidade de mortes que ocorreu, comparada com a quantidade esperada para o período.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

“O impacto total da pandemia foi muito maior do que o indicado pelas mortes relatadas devido apenas à Covid-19. O fortalecimento dos sistemas de registro de óbitos em todo o mundo é necessário para melhorar o monitoramento dessa pandemia e de futuras pandemias”, escreveram os autores do artigo.

A maior taxa de excesso de mortalidade foi observada na Bolívia, com 734,9 mortes por 100 mil habitantes. A Islândia, Austrália, Cingapura, Nova Zelândia e Taiwan, por outro lado, tiveram taxas negativas, com menos mortes do que o esperado em uma situação sem pandemia.

Em números absolutos de mortes excedentes devido à Covid, a taxa foi maior nas regiões do sul da Ásia, norte da África e Oriente Médio e Europa Oriental. A Rússia e o México foram os países com as maiores taxas de mortalidade excedente. Estima-se que, para cada 100 mil habitantes, a Rússia tenha 375 mortes a mais que o esperado. No México o número foi de 325.

Os Estados Unidos e o Brasil, que encabeçam o ranking de países com o maior número de mortes pela Covid-19, tiveram números similares aos dados oficiais enviados pelas autoridades locais. Estima-se que a pandemia provocou 173 mil mortes a mais no Brasil do que as notificadas oficialmente.

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