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Tetraplégico recupera movimentos com exoesqueleto movido pela mente

Sensores coletam informações cerebrais para dizer ao esqueleto robótico como ele deve se mexer. Equipamento está em fase de testes

atualizado

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Clinatec/Divulgação
exoesqueleto
1 de 1 exoesqueleto - Foto: Clinatec/Divulgação

Um homem francês de 30 anos identificado apenas como Thibault recuperou os movimentos dos braços e das pernas graças a um exoesqueletro controlado por sensores em seu cérebro. O paciente ficou tetraplégico em 2015, quando caiu de uma altura de 15 metros. A tecnologia, ainda experimental, foi publicada no The Lancet Neurology.

Os cientistas filmaram os primeiros passos de Thibault, que descreveu a sensação de andar novamente como se ele fosse o “primeiro homem na Lua”. Por enquanto, a tecnologia ainda está sendo aprimorada e seu uso ocorre apenas em laboratório.

Para fazer o paciente andar novamente, os cientistas colocaram implantes na superfície do cérebro de Thibault. Ao todo, foram instalados 64 eletrodos em cada um dos implantes. Os eletrodos têm a função de ler a atividade cerebral e direcionar as instruções de movimentos para um computador. A máquina, por sua vez, utilizando um sofisticado programa, lê as informações das ondas cerebrais do paciente, transformando-as em comandos que controlam o exoesqueleto.

O experimento, feito pela Clinatec e a Universidade de Grenoble, começou em 2017. Antes de dar os primeiros passos, Thibault aprendeu a controlar um personagem em um programa de computador.

O exoesqueleto pesa 65 kg e, com ele, o paciente é capaz de mover braços e pernas. Nem todas as funções do corpo estão completamente restauradas, contudo.

Por enquanto, o exoesqueleto não pode ir para as ruas porque precisa ser conectado a um cabo no teto, isso minimiza o risco de queda do paciente. Ainda assim, de acordo com os cientistas, o dispositivo é um avanço inestimável para o desenvolvimento de alternativas para pacientes que tenham perdido os movimentos.

Os próximos passos, de acordo com os pesquisadores, são refinar a tecnologia e melhorar a conexão cerebral com o exoesqueleto. Atualmente, os cientistas têm usado apenas 32 dos 64 eletrodos presentes nos implantes. Thibault ainda não tem o controle total dos dedos, o que torna difícil para ele segurar objetos.

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