Essa iniciativa para criar um imunizante contra o vírus causador da aids tem como base pesquisas realizadas desde 2004. A nova vacina, chamada VIR-1388, será avaliada em fase 1, etapa na qual é testada em um pequeno público de pessoas para ponderar as chances de efeitos colaterais graves.
A VIR-1388 usa um outro vírus, o citomegalovírus (CMV), para encapsular materiais fragmentados do vírus HIV. Ou seja, a vacina não contém o vírus inteiro, apenas partes de sua estrutura para ensinar o corpo a combatê-lo.
Segundo o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) dos EUA, que chefiará o estudo, o corpo humano já tem imunidade “há séculos” contra o CMV, que será uma espécie de veículo para entregar as partes do HIV no caso dessa vacina.
Os testes serão feitos com cerca de 100 pessoas divididas em três grupos. Dois deles receberão doses diferentes do imunizante, enquanto um receberá placebo para avaliar a eficácia.
Os resultados iniciais são esperados para o final de 2024, mas os voluntários serão acompanhados por três anos. Caso tenha resultados positivos, a vacina ainda precisará passar por outras duas fases de testes antes de ser disponibilizada ao público.
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida
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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos
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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus
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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus
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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses
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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais
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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV
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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo
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Vacinas contra o HIV
Em janeiro deste ano, a vacina mais promissora contra o HIV, fabricada pela Johnson & Johnson, foi descontinuada após apresentar resultados ineficazes. O único imunizante que segue em testes e pode sair nos próximos anos é a PrEPVacc, um conjunto de injeções contra o vírus que deve ser combinado com um tratamento medicamentoso e está em testes no sul da África.
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