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Novo teste de sangue detecta Alzheimer 20 anos antes do início

Pesquisadores americanos criam método mais barato e eficiente para que a condição seja diagnosticada anteriormente a seu desenvolvimento

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Maquete de cérebro é exposta ao lado de equipamentos médicos
1 de 1 Maquete de cérebro é exposta ao lado de equipamentos médicos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A ciência ainda não encontrou a cura para o Alzheimer, mas, quando descoberto no início, há formas de retardar a evolução desse mal. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Washington podem ter feito um imenso bem para os pacientes que desenvolverão a condição. Eles criaram um exame de sangue capaz de detectar proteínas relacionadas ao Alzheimer acumuladas no cérebro até 20 anos antes de os sintomas virem à tona. E o melhor: o teste alcançou 94% de precisão.

O ponto de partida da pesquisa foi a beta-amiloide, uma proteína produzida naturalmente pelo cérebro. Quando em excesso, ela é um dos indicativos de Alzheimer. Ao detectar o acúmulo da proteína – isso hoje é feito por meio de caros exames de imagens –, os pesquisadores seriam capazes de tratar a doença ainda em seus estágios iniciais.

Para avaliar a eficácia do exame, os cientistas realizaram testes em 158 pessoas com mais de 50 anos e funções cognitivas normais. Ao compararem os resultados do exame de sangue a imagens de placas do cérebro dos participantes, eles obtiveram 88% de paridade. Ou seja: o exame de sangue alcançou grande precisão para captar a quantidade de beta-amiloide presente no cérebro dos voluntários. Quando comparados os resultados dos exames de sangue aos testes genéticos, a precisão do mapeamento da beta-amiloide subiu para 94%.

Segundo os pesquisadores, o exame de sangue seria consideravelmente mais barato do que as formas de diagnóstico atuais, que são o PET scan (também chamado de tomografia computadorizada por emissão de pósitrons) e a ressonância magnética.

Incurável, crônico e devastador, o Alzheimer caracteriza-se pela perda de memória e das funções cognitivas, causada pela morte das células cerebrais. Após o diagnóstico, os portadores vivem, em média, de quatro a oito anos, com sintomas cada vez mais intensos.

Para os estudiosos, a pesquisa pode significar mais qualidade de vida para os pacientes, uma vez que há medicamentos capazes de reduzir a progressão da doença e retardar a perda de memória em estágios que vão de leve a moderado.

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