Teste da orelhinha é essencial para a saúde da criança, afirma médica
O exame deve ser feito no bebê ainda recém-nascido. Ele é importante para examinar a audição e iniciar o tratamento precoce, se necessário
atualizado
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Para detectar possíveis problemas de audição, é feito, nos bebês recém-nascidos, o exame de emissões otoacústicas, mais conhecido como teste da orelhinha. A realização do procedimento é garantido e obrigatório por lei. Toda criança deve fazê-lo entre o primeiro e o trigésimo dia de vida.
A execução do exame é importante para atestar se o bebê possui ou não alguma deficiência auditiva. A audição é um dos sentidos mais utilizados durante o desenvolvimento da criança e, sem ela, os pequenos podem ter uma compreensão reduzida do ambiente ao seu redor.
O teste funciona como uma triagem neonatal. Ou seja, se o bebê apresentar algum tipo de problema auditivo, o exame é essencial para que o tratamento seja realizado o quanto antes e ele possa ser encaminhado a um profissional capacitado. Caso isso não aconteça, as consequências podem ser grandes.
“Crianças que não passam pelo teste da orelhinha e são portadoras de perda auditiva podem ter seu desenvolvimento comprometido. Entre os danos que os problemas podem trazer, caso o tratamento não seja realizado precocemente, estão dificuldades de aprendizagem e compreensão, além de prejuízo na fala e na interação social”, explica a fonoaudióloga Silvia Roberta Monteiro, do Hospital Paulista.
Primeiros anos de vida
A médica afirma que os primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento da audição e da linguagem das crianças. Por isso, um recém-nascido que não recebe estímulo nesse sentido no decorrer dos seus três primeiros anos de vida dificilmente terá o seu potencial de linguagem completamente desenvolvido.
Silvia ainda destaca a importância de descobrir problemas auditivos o quanto antes. Os benefícios de iniciar o tratamento dessas crianças antes dos seis meses de vida são incontáveis, segundo ela.
“Cerca de 50% das perdas auditivas poderiam ser evitadas ou suas sequelas diminuídas se os exames, diagnóstico e reabilitação fossem feitos de forma precoce. O fracasso na detecção da perda auditiva na criança resulta em diagnósticos e intervenções em idades muito tardias e prejuízo no desenvolvimento global da criança”, afirma a médica.
Como funciona o teste da orelhinha?
O teste da orelhinha é simples e não dói. Inclusive, pode ser feito enquanto a criança dorme. O exame é realizado por meio da inserção de uma pequena sonda no canal auditivo que é capaz de emitir estímulos sonoros e captar respostas das células presentes na região interna da orelha.
No entanto, logo após nascimento, a criança pode apresentar um líquido residual do parto no interior da orelha, o que prejudica a realização do exame. Nessas situações, o bebê deve realizar um novo teste após 30 dias. Crianças que nascem fora do contexto hospitalar também têm a possibilidade de fazer o exame nesse período.
As crianças que forem diagnosticadas com risco de surdez ou que apresentem outras falhas no sistema auditivo devem ser encaminhadas para a realização de outro teste e avaliação de um profissional. Assim como o teste da orelhinha, o exame não é invasivo e pode ser realizado enquanto a criança dorme.
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