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Tratamento inovador restaura audição de 5 crianças que nasceram surdas

As crianças tratadas com terapia genética em ambos os ouvidos foram capazes de localizar de onde vinha o som e até reagir à música

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Hospital da Universidade Fudan
Foto colorida de mulher e criança de frente para médico - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher e criança de frente para médico - Metrópoles - Foto: Hospital da Universidade Fudan

Cinco crianças chinesas que nasceram surdas recuperaram a audição de ambos os ouvidos após passarem por uma terapia genética inovadora. O avanço científico foi publicado na quarta-feira (5/6) na revista Nature Medicine, uma das mais prestigiadas do mundo.

As crianças tinham cerca de 3 anos de idade. Depois de passar pelo tratamento, todas foram capazes de ouvir e falar palavras, além de localizar de onde vinha o som. Duas delas demonstraram ainda mais progresso, conseguindo responder à música, que é formada por sinais sonoros mais complexos.

A capacidade auditiva dos pacientes progrediu dramaticamente com o decorrer do tempo. O estudo clínico foi conduzido por pesquisadores do Mass Eye and Ear e Eye & ENT Hospital da Universidade Fudan, em Xangai.

Tratamento para audição

O tratamento substitui o DNA defeituoso que causa a DFNB9, uma doença hereditária causada por mutações no gene OTOF e pela falha na produção da proteína otoferlina. Esta proteína é necessária para fazer a transmissão dos sinais sonoros do ouvido para o cérebro.

Não existem medicamentos para a condição e, atualmente, o implante coclear é o único tratamento eficaz.

Os autores do estudo trabalham há dois anos com pesquisas sobre a terapia genética desenvolvida para combater a surdez hereditária. Inicialmente, os ensaios clínicos eram focados no tratamento em apenas um ouvido.

Esta é a primeira vez que testes são feitos para administrar a terapia genética em ambos os ouvidos. Os cientistas usaram uma versão modificada do vírus adeno-associado (AAV), que não é prejudicial aos humanos, para entregar os genes.

A técnica mostrou benefícios adicionais à terapia genética unilateral, incluindo melhorias no reconhecimento da fala em ambientes barulhentos.

“Restaurar a audição em ambos os ouvidos de crianças que nasceram surdas pode maximizar os benefícios da recuperação auditiva. Esses novos resultados mostram que esta abordagem é muito promissora”, afirma o principal autor do estudo, Yilai Shu, à revista Nature.

Mais estudos precisam ser feitos para refinar a terapia bilateral. Os pesquisadores esperam que a técnica possa ajudar mais pacientes com surdez causada por outros genes ou causas não genéticas.

“Nosso objetivo final é ajudar as pessoas a recuperar a audição, independente de como a perda auditiva foi causada”, afirma o professor Zheng-Yi Chen, principal autor do estudo.

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