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Terapia com animais: conheça método que livrou paulistana da depressão

Diagnosticada ainda na infância, Fernanda Rabaglio conseguiu reencontrar o bem estar na companhia de cães da raça chow chow

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Fernanda Rabaglio e pets
1 de 1 Fernanda Rabaglio e pets - Foto: Fernanda Rabaglio/Imagem cedida ao Metrópoles

Em meio a uma das mais sérias crises de depressão que viveu em 26 anos de diagnóstico da doença, a paulistana Fernanda Rabaglio descobriu que a companhia dos animais era capaz de promover seu bem-estar físico e mental e, até mesmo, tirá-la da cama nos dias mais difíceis. Na psicologia, a contribuição dos pets para o tratamento do transtorno psicológico é conhecida como terapia assistida por animais (TAA).

“Desde que me conheço por gente, tenho depressão. Você vai aprendendo a lidar, mas é um sentimento muito solitário. Parece que os outros humanos não entendem, mas os cachorros têm uma sensibilidade muito grande e conseguem ajudar”, relata a paulistana de 34 anos, que recebeu o diagnóstico aos 8.

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A cadela Maya a acompanha no dia a dia
Os animais de apoio emocional participam da rotinas de seus tutores
Fernanda Rabaglio  adotou Maya em 2016
A cadela é a mais sensível dos cinco chow chows de Fernanda
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Fernanda Rabaglio, 34 anos, recorreu à terapia assistida por animais (TAA) para tratar a depressão

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A cadela Maya a acompanha no dia a dia

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Os animais de apoio emocional participam da rotinas de seus tutores

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Fernanda Rabaglio adotou Maya em 2016

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A cadela é a mais sensível dos cinco chow chows de Fernanda

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Maya e Prince, dois cachorros da raça chow chow, foram adotados pela paulistana, especialista em marketing de influência, em 2016. Ela vinha de uma sequência de tentativas com métodos convencionais, como a terapia com psicólogo e o uso de medicamentos psiquiátricos. A sugestão de que o cuidado com animais fosse incluído no tratamento partiu do terapeuta que a acompanha.

“Foi uma mudança grande aprender a lidar com tudo aquilo, como mãe de pet de primeira viagem. Sou filha única, moro sozinha e trabalho em home office há muitos anos. Minha mãe já faleceu e o meu pai mora longe. Era muito solitária. Estava em um momento que não conseguia sair da cama, mas a convivência com eles me obrigava”, lembra.

Ir passear, alimentar e brincar com Maya e Prince foram funções que deram um sentido à rotina de Fernanda. Após a convivência com os cachorros, ela conseguiu reduzir os remédios gradativamente até suspendê-los definitivamente no fim de 2017. Mais recentemente ela adotou Leon, Elvis e Áka, todos da mesma raça.

“Eles quebram a rotina, trazem motivações diferentes e me incentivam a praticar atividades físicas, o que é muito bom para o bem-estar. Quando estou passeando ou escovando o pelo de um dos meus cachorros, esqueço qualquer problema”, afirma a paulistana.

Fernanda conta que, por vezes, quando passa por situações difíceis, têm crises de choro. Nesses momentos, Maya é a mais sensível. A cadela se aproxima e coloca a pata na perna dela como uma expressão de solidariedade. “Se eu estiver com a cabeça baixa, ela coloca o focinho por baixo para eu levantar a cabeça. E, se alguém fala alguma coisa que pode me abalar, ela automaticamente fica na minha frente, como quem diz ‘eu estou aqui. Vou te proteger’”, conta.

Terapia assistida por animais (TAA)

A terapia assistida por animais (TAA) é um método que utiliza os pets como complemento do tratamento de transtornos mentais. Ela também é recomendada para crianças e idosos com necessidades específicas, em hospitais, abrigos, creches e asilos. Os animais mais indicados para o tratamento são os cachorros, por serem uma espécie adestrável.

O psiquiatra Fábio Aurélio Leite, do Hospital Santa Lúcia, explica que os animais domésticos ajudam a combater a falta de prazer e a solidão, que caracterizam a depressão. “Para pacientes idosos, que às vezes não têm muitas atividades ou interação com outras pessoas, o animal acaba sendo um estímulo importante para o cérebro e para o emocional por causa da ligação afetiva. A convivência com o bicho melhora o humor das pessoas”, afirma.

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