Ter um amigo para conversar melhora saúde do cérebro, revela pesquisa
Pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que o envelhecimento cognitivo em pessoas sem um bom ouvinte é maior
atualizado
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O isolamento provocado pela pandemia de Covid-19 mostrou a importância de se ter uma boa rede de amigos para driblar os momentos de solidão. Um estudo feito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado na segunda-feira (16/8), revelou que, além de prazeroso, o contato ajuda a diminuir o declínio cognitivo.
Os pesquisadores chamam de resiliência cognitiva a capacidade que o cérebro tem de diminuir os efeitos naturais do envelhecimento ou de enfrentar situações adversas como, por exemplo, uma doença.
Para a realização do estudo, publicado no JAMA Network Open, os pesquisadores avaliaram dados de 2.171 adultos com idade média de 63 anos. Os participantes vinham sendo acompanhados desde 1997 e submetidos a exames de ressonância magnética cerebral durante as visitas de avaliação neuropsicológica.
A resiliência cognitiva foi medida pela relação entre o volume cerebral e o padrão de cognição – capacidades menores são associadas a funções cognitivas mais frágeis.
Os pesquisadores observaram que as pessoas que não tinham com quem conversar apresentavam um envelhecimento cognitivo de até 4,25 anos em comparação com os que podiam contar com amigos para desabafar.
Entre os participantes com maior disponibilidade para conversas, houve um declínio muito pequeno no desempenho cognitivo durante o período estudado, o equivalente a 0,25 anos de envelhecimento cognitivo.