“Temos motivos para ter esperança”, diz Tedros, em balanço da OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus acredita que as emergências de saúde pública da Covid e da Mpox serão declaradas encerradas em 2023
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, usou a coletiva de imprensa desta quarta-feira (21/12) para fazer um balanço dos últimos doze meses. Ghebreyesus avaliou o cenário futuro com otimismo e deixou uma mensagem de esperança para 2023.
O líder da OMS classificou 2022 como um um ano desafiador para a saúde global, no qual a população atravessou o terceiro ano da pandemia de Covid-19, o surgimento da Mpox, surtos de Ebola e cólera, guerras e eventos climáticos significativos. Ainda assim, manifestou confiança no futuro.
“À medida que 2022 chega ao fim, ainda temos muitos motivos para ter esperança. A pandemia de Covid-19 diminuiu significativamente este ano, o surto global de Mpox está diminuindo e não há casos de Ebola há mais de três semanas. Temos esperança de que cada uma dessas emergências seja declarada encerrada em pontos diferentes no próximo ano”, afirmou.
Covid-19
Os registros semanais de mortes provocadas pelo coronavórus caíram aproximadamente 90% em comparação ao maior pico da doença este ano, em janeiro. O sucesso foi atribuído, em parte, ao avanço das campanhas de vacinação em todo o mundo e à evolução do vírus.
“Certamente, estamos em um lugar muito melhor da pandemia de Covid-19 quando comparado onde estávamos há um ano, quando ocorria o estágio inicial da onda de Ômicron, com casos e mortes aumentando rapidamente”, afirmou.
O diretor-geral da OMS ressaltou que desafios relacionados à vigilância epidemiológica e à vacinação ainda precisam ser ultrapassados antes de que o fim da pandemia seja decretado.
Mpox
Mais de 83 mil casos de Mpox – conhecido anteriormente como varíola dos macacos – foram registrados em 110 países desde maio deste ano, quando a doença se internacionalizou. Os surtos da infecção foram considerados uma emergência de saúde pública de interesse internacional em julho. Ao todo, 66 pessoas morreram por causa da Mpox.
O número de caos da doença diminuiu mais de 90% desde o pico. “Se a tendência atual continuar, esperamos que no próximo ano também possamos declarar o fim desta emergência”, avalia Ghebreyesus.
Outros problemas
O líder da OMS lembrou que 2022 foi marcado também por outros problemas de saúde global, como os surtos de cólera em 30 países, incluindo Haiti, onde 310 mortes provocadas pela doença foram relatadas.
No Chifre da África e no Sahel, seca e inundações acentuaram a crise alimentar. Também aumentou a ocorrência de surtos de cólera, febre amarela, sarampo e poliomielite.
Conflitos entre países também colocaram em risco a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas no Afeganistão, Ucrânia, Etiópia, Síria e Iêmen. “Em todos esses países, os ataques à saúde minam constantemente nosso trabalho”
A OMS registrou mais de mil ataques à saúde em 16 países, com 220 mortes e 436 feridos. “Uma violação do direito humanitário internacional e uma violação dos direitos humanos. Eles privam as pessoas de cuidados quando mais precisam”, afirmou.
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