Tecnologia brasileira reduz em 80% uso de ECMO em pacientes com Covid
Tomógrafo possibilita entender a situação do pulmão de maneira não-invasiva e melhorar a ventilação artificial antes que paciente piore
atualizado
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Pacientes com quadros graves de Covid-19 frequentemente precisam de ajuda de ventilação artificial para conseguir respirar. Em situações mais sérias, uma das opções de tratamento é a ECMO, uma espécie de pulmão artificial.
Porém, o procedimento é caro e o equipamento não é facilmente encontrado. Mas uma tecnologia brasileira, criada pela empresa paulista Timpel, pode ajudar a evitar a necessidade da ECMO em até 80% dos casos. O tomógrafo por impedância permite que o médico acompanhe a situação exata dos pulmões de maneira não-invasiva, otimizando a ventilação mecânica e reduzindo as lesões pulmonares decorrentes do procedimento.
O equipamento, que é usado em vários países além do Brasil, passa uma corrente elétrica no órgão e avalia a resistência enfrentada no caminho, indicando a região dos pulmões onde o ar está circulando. O Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por exemplo, conseguiu criar estratégias de ventilação personalizadas para 15 pacientes com indicação para ECMO e evitou a necessidade do equipamento em 13 deles.
O projeto faz parte do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fapesp.
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