Técnica de fertilização in vitro permite decidir o sexo de bebês
De acordo com os pesquisadores, nova técnica de fertilização in vitro para escolher sexo se mostrou 80% eficaz e não aumentou anormalidades
atualizado
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Em um novo estudo publicado na última quarta-feira (22/3) na revista científica PLOS One, pesquisadores da Universidade Cornell, em Nova York, nos Estados Unidos, relatam ter desenvolvido uma nova técnica que permite aos casais que fazem fertilização in vitro escolher o sexo de seus filhos.
De acordo com a pesquisa, o procedimento aparenta ser seguro, além de ter mostrado 80% de eficácia. No entanto, escolher o sexo de uma pessoa levanta debates éticos, além de ser uma prática ilegal em muitos países.
Para desenvolver a técnica, chamada de seleção de sexo espermático (SST), os pesquisadores selecionaram o esperma pela sua densidade. O sêmen que contém o cromossomo X, determinante para o sexo feminino, é mais pesado que o com o cromossomo Y, do sexo masculino.
Os cientistas conduziram a experiência com 1.317 casais, que foram divididos em dois grupos – um deles serviu de controle.
Dos voluntários, 105 homens tiveram seu sêmen enriquecido com a técnica de SST para o sexo desejado pelo casal. Desse grupo, 59 casais queriam meninas, e a técnica resultou em 79,1% de embriões do sexo feminino, um total de 16 crianças que nasceram sem nenhuma anormalidade, ou alterações cromossômicas (aneuploidia).
Já 46 casais desejavam meninos, e a técnica funcionou para 79,6% dos participantes, resultando no nascimento de 13 meninos saudáveis. De acordo com os cientistas, o enriquecimento do esperma permite a seleção de embriões para o sexo desejado.
“Nosso método de seleção de sexo não aumenta a proporção de embriões aneuploides adicionais. Portanto, pode ser considerado extremamente seguro, bem como eficiente, barato e eticamente palatável”, afirmam os pesquisadores.
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