Surto em sauna prova que coronavírus não morre com temperatura
Nove pessoas foram contaminadas em um estabelecimento desse tipo na China, derrubando a teoria de que o vírus não sobrevive no calor
atualizado
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Apesar de estudos iniciais sugerirem que o coronavírus não sobreviveria em altas temperaturas, uma pesquisa na cidade de Huai’an com usuários de uma sauna aponta para a direção contrária. Nove homens, entre 24 e 50 anos, manifestaram a doença após visitarem a sauna – com temperatura entre 25° e 41° e umidade em torno de 60%.
Um deles esteve em Wuhan e começou a apresentar sintomas no dia seguinte ao passeio na sauna. Outros sete, que estiveram na casa de banho no mesmo dia que o primeiro, começaram a desenvolver e apresentar os sinais da doença – como febre, tosse e congestão no peito – de seis a nove dias depois. O nono infectado trabalhava no local.
“Estudos anteriores demonstraram que a taxa de transmissão do vírus é significativamente reduzida em um ambiente com alta temperatura e umidade. No entanto, a julgar pelos resultados desse estudo, a transmissibilidade do SarS-CoV-2 não mostrou sinais de enfraquecimento nessas condições”, afirmam os autores.
Apesar das novas informações, os cientistas alertam que é necessário prosseguir nos estudos para definir com mais detalhes o comportamento do coronavírus em altas temperaturas.