Saiba quais suplementos e vitaminas não podem ser tomados juntos
Suplementos alimentares podem ser tóxicos ao organismo dependendo da combinação feita. Saiba quais devem ser evitados
atualizado
Compartilhar notícia
Para alcançar as recomendações diárias de ingestão de nutrientes, vitaminas e minerais, muitas pessoas recorrem a suplementos alimentares. O uso combinado destas substâncias, porém, pode causar complicações no funcionamento do organismo que os usuários muitas vezes desconhecem.
Embora os pós e cápsulas pareçam sempre benéficos, há muitos riscos envolvidos em seu consumo. A mistura de pílulas vitamínicas populares pode desencadear até danos nos órgãos, revelam nutricionistas ouvidos pelo Metrópoles.
A nutricionista Wellyda Oliveira, de Brasília, alerta que os suplementos, especialmente os multivitamínicos, só devem entrar na rotina em último caso.
“De modo geral, conseguimos obter as vitaminas e minerais essenciais, que o organismo não produz, através de uma alimentação variada e equilibrada composta por alimentos in natura. Os suplementos devem ser usados quando houver diagnóstico de deficiências e necessidades individualizadas. O uso sem acompanhamento profissional é desaconselhado”, defende a nutricionista.
Suplementos que não podem ser combinados
Os suplementos devem ser pensados como parte da rotina do paciente, avaliando a forma como eles interagem entre si e com os medicamentos usados por cada um. Em linhas gerais, não devem ser tomados em conjunto:
Extrato de arroz vermelho fermentado e niacina (vitamina B3)
“A combinação mais perigosa que temos é o extrato de arroz vermelho fermentado e a niacina, que supostamente ajuda a diminuir o colesterol. Ela, porém, pode causar danos ao fígado”, alerta a nutricionista Rejane Souza, do grupo Mantevida, de Brasília.
Ferro, magnésio e cálcio
Ferro, magnésio e cálcio possuem o mesmo mecanismo de transporte do sistema digestivo até as células. Tomá-los juntos pode sobrecarregar esse sistema e impedir que as doses necessárias da suplementação de fato cheguem ao organismo. O ideal é esperar até duas horas entre o uso de um suplemento e outro.
Zinco e cobre
Na alimentação, os minerais cobre e zinco não funcionam juntos — eles são absorvidos por um mesmo meio de interação no intestino. Para quem toma muito zinco, é comum haver uma deficiência de cobre, e vice-versa. Estudos indicam que o ferro e a vitamina C também interagem mal com o cobre na alimentação.
Vitamina C e cálcio
Embora os estudos não sejam conclusivos, existe a hipótese de que a vitamina C interfira na absorção do cálcio, prejudicando sua disponibilidade ou acelerando sua absorção, o que faz a ingestão não ser recomendada.
Potássio e cálcio
Embora não causem efeitos prejudiciais, potássio e cálcio agem se regulando mutuamente. A ingestão combinada leva à uma neutralização dos benefícios.
Suplementos e medicamentos
As nutricionistas alertam ainda que suplementos alimentares não devem ser incluídos na dieta em conjunto com alguns medicamentos.
“Recomendo cuidado especialmente no uso da erva de São João e antidepressivos. Ambos podem aumentar os níveis de serotonina, levando à uma sobredose que pode causar confusão, agitação, tremores musculares, sudorese, tremores, diarreia e até taquicardia”, alerta Rejane.
Suplementos de ferro também não devem ser usados com antibióticos, já que a substância pode cortar os efeitos dos remédios.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!