Suplemento de magnésio ajuda a dormir melhor? Especialista explica
Ao contrário da melatonina, usada para induzir o sono, o magnésio é indicado para obter um sono profundo e restaurador
atualizado
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Ter uma noite de sono profundo é um privilégio para poucos. O estresse, a alimentação desregrada e transtornos mentais impactam negativamente a qualidade do descanso. Nos consultórios, têm aumentado a procura pelo suplemento de magnésio para dormir melhor. Mas será que ele ajuda mesmo?
De acordo com a médica especialista em nutrologia Larissa Leal, da clínica Saues, ele pode sim ser benéfico para que as pessoas consigam ter uma noite de sono profundo e restaurador. No entanto, a indicação não se aplica às pessoas que sofrem de insônia.
Ao contrário do hormônio melatonina, usado para induzir o sono, o magnésio é indicado para manter a qualidade da substância depois que a pessoa dorme, para um sono que passa por todas as fases. Segundo Larissa, o mineral reduz o cortisol – conhecido como hormônio do estresse – e tem ação relaxante no corpo. Esta combinação contribui para um sono reparador.
Larissa explica que o equilíbrio dos macronutrientes (como carboidrato, proteína e lipídio) e dos micronutrientes (magnésio e ferro) é benéfico para o corpo porque mantém o ciclo circadiano regulado, o que faz com que permaneçamos acordados durante o dia e com sono à noite.
A suplementação contribui de forma indireta também na prevenção de doenças crônicas, da tensão pré-menstrual (TPM) e condições cardiovasculares.
“O sono é um dos pilares para a qualidade de vida. Quando ele está desregulado, é associado a doenças crônicas como hipertensão e obesidade, além do aumento dos marcadores inflamatórios com a queda da imunidade”, afirma a médica.
Uma pesquisa do Instituto do Sono de São Paulo feita em 2021 revelou que a dificuldade de dormir afetou quase 70% dos brasileiros na pandemia. Cerca de 60% das 1,6 mil pessoas entrevistadas disseram acordar mais vezes durante a noite.
Fontes naturais
O magnésio está presente nas folhas verdes (como rúcula), nozes, grãos integrais e verduras (como o brócolis). Embora tenham quantidades importantes do mineral, apenas a alimentação pode não ser suficiente para as pessoas com carência da substância.
Neste caso, a médica indica a suplementação com acompanhamento profissional até que os níveis se estabilizem. Depois disso, os pacientes podem seguir com o reforço na alimentação.
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