Subvariante da Ômicron é mais difícil de ser identificada, diz OMS
OMS trabalha com laboratórios para conseguir um cenário mais preciso sobre a disseminação da BA.2, apontada como uma variante furtiva
atualizado
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A subvariante BA.2 do coronavírus, descendente da Ômicron, é mais difícil de ser identificada em testes de sequenciamento genômico, segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (3/2).
Tais testes são importante para o rastreamento do vírus e monitoramento de dados epidemiológicos. A partir deles é possível saber qual é a variante com maior circulação em uma localidade e traçar estratégias mais eficazes para o combate à Covid-19, por exemplo.
A virologista sênior da OMS na África, Nicksy Gumede-Moeletsi, explicou durante uma coletiva de imprensa que a versão original da Ômicron (BA.1) é mais fácil de ser rastreada porque tem a ausência de um dos três genes-alvo usados em testes de PCR comuns, gerando um padrão para a detecção.
A BA.2, por sua vez, não tem o mesmo gene alvo ausente, o que dificulta sua classificação. Em vez disso, os cientistas estão monitorando o número de genomas de vírus enviados a bancos de dados internacionais, como ocorre com outras variantes.
Segundo Gumede-Moeletsi, a OMS está pedindo que os laboratórios que fazem este trabalho encaminhem amostras que voltaram sem serem sinalizadas como Ômicron para uma nova análise para conseguir obter uma imagem mais precisa da disseminação de BA.2.
Diagnóstico da doença
A infecção do coronavírus provocada pela BA.2 ainda pode ser identificada através dos testes convencionais – como o teste rápido e do tipo RT-PCR, por exemplo – embora eles não indiquem a variante causadora da doença.
A OMS também chamou atenção ao fato de que a BA.2, apontada em estudos como mais transmissível já está presente em cinco países do continente africano: Botswana, Quênia, Malawi, Senegal e África do Sul. (Com informações de agências de notícias)