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Subvariante BA.2 representa risco maior que Ômicron, afirma pesquisa

De acordo com estudo liderado por pesquisadores japoneses, a subvariante BA.2 é mais grave e mais contagiosa que a primeira forma da Ômicron

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1 de 1 ilustração coronavírus - Foto: adoslav Zilinsky/GettyImages

De acordo com pesquisadores japoneses, o subtipo BA.2 da Ômicron é mais grave e mais infeccioso do que a primeira linhagem da variante. Diante dessas descobertas, os cientistas apontam que a subvariante deve ser reconhecida como cepa única de preocupação.

Publicado na última segunda (14/2) na plataforma BioRxiv, o estudo indica que a sublinhagem vai se espalhar pelo mundo mais facilmente que a Ômicron original, o que representa um risco ainda maior para a saúde global. A publicação é um pré-impressão e ainda precisa ser revisada por pares.

Com base em dados epidemiológicos de vários países, cientistas das universidades de Tóquio, Kumamoto, Hokkaido e Kyoto afirmam que a velocidade de reprodução da BA.2 é 1,4 vez maior que a verificada para a primeira linhagem da Ômicron.

Em comparação à versão original, a BA.1 apresenta mais de 50 diferenças na estrutura viral. Essa quantidade equivale a quase o dobro das mutações que existiam entre a Delta e a primeira forma de coronavírus.

O que se sabe sobre a presença do subtipo da Ômicron no Brasil:

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No início de fevereiro deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou pela primeira vez a presença da subvariante BA.2 da Ômicron no Brasil
Estudos realizados em outros países indicam que o subtipo BA.2 é até 33% mais transmissível do que a versão original da variante Ômicron (BA.1) e tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas
Apesar de só ter sido identificado agora no país, o subtipo já é dominante na Dinamarca e vem crescendo em outros países, como o Reino Unido
A doença repete uma característica que a Ômicron já apresentava: tendência a ter um quadro muito mais nas vias aéreas superiores do que nas vias aéreas inferiores, o que torna a infecção mais branda
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a subvariante é mais difícil de ser identificada em testes de sequenciamento genômico. Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram
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No início de fevereiro deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou pela primeira vez a presença da subvariante BA.2 da Ômicron no Brasil

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Estudos realizados em outros países indicam que o subtipo BA.2 é até 33% mais transmissível do que a versão original da variante Ômicron (BA.1) e tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas

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Apesar de só ter sido identificado agora no país, o subtipo já é dominante na Dinamarca e vem crescendo em outros países, como o Reino Unido

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A doença repete uma característica que a Ômicron já apresentava: tendência a ter um quadro muito mais nas vias aéreas superiores do que nas vias aéreas inferiores, o que torna a infecção mais branda

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a subvariante é mais difícil de ser identificada em testes de sequenciamento genômico. Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram

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Pesquisa aponta que a BA.2 infecta mais as pessoas imunizadas com o esquema primário de vacinação e pacientes que tomaram a dose de reforço, em comparação com a BA.1

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Vacina contra Covid-19 astrazeneca

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De acordo com o governo da Dinamarca, o subtipo BA.2 da variante Ômicron é 1,5 vezes mais transmissível que a forma original da cepa

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Segundo a análise, é provável que a BA.1 tenha surgido antes dos demais subtipos da Ômicron. Além disso, baseando-se nos resultados, os pesquisadores sugerem que a diversificação da Ômicron ocorreu na província de Gauteng, na África do Sul.

Embora BA.1 tenha se espalhado mundialmente antes, a frequência da linhagem BA.2 aumentou e ultrapassou a subvariante original em vários países, como Filipinas, Índia, Dinamarca, Cingapura, Áustria e África do Sul.

Resistência imunológica

Uma das mutações do subtipo ocorre na proteína Spike, responsável pela entrada do coronavírus nas células humanas. Essa mudança pode gerar alterações no contágio e na resistência imunológica. Para revelar as características de BA.2, os profissionais realizaram um ensaio clínico com formas do vírus e anticorpos gerados pela vacinação.

Assim como a linhagem original, a BA.2 também foi bastante resistente à proteção induzida pelas vacinas. Além disso, os dois tipos da Ômicron foram bastante resistentes aos anticorpos gerados pela contaminação da Delta e da Alfa.

“Esses dados sugerem que, semelhante ao BA.1, o BA.2 é altamente resistente aos antissoros induzidos pela vacinação e infecção com outras variantes do Sars-CoV-2”, afirma o estudo.

Manifestação da doença

Para investigar a dinâmica da replicação viral de BA.2 em organismos vivos, os pesquisadores conduziram experimentos de infecção em hamsters. Eles analisaram que os contaminados com a subvariante BA.2 ficaram mais magros e com mais distúrbios respiratórios, em relação aos animais que pegaram a BA.1. Tal fato indica que a nova linhagem é mais patogênica.

No primeiro dia depois da infecção, a quantidade de vírus BA.2 nos pulmões dos hamsters foi 9,3 vezes maior, em comparação com os pulmões dos animais contaminados com a forma original.

Após três dias de contato com o coronavírus, a linhagem inicial da Ômicron atingiu o seu ápice e tinha uma quantidade 5,4 vezes maior que o novo subtipo. No quinto dia, proteínas do vírus quase desapareceram nos pulmões contaminados com BA.1, mas permaneceram nos animais infectados com BA.2.

 

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