Subtipo da Ômicron é 33% mais transmissível que a variante, diz estudo
Pesquisadores da Dinamarca afirmam que BA.2 tem maior capacidade de infectar pessoas vacinadas, mas não é responsável por casos mais graves
atualizado
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Estudo feito na Dinamarca mostra que o subtipo BA.2 do novo coronavírus é até 33% mais transmissível do que a variante Ômicron (BA.1) e tem maior capacidade de infectar pessoas vacinadas.
Os dados constam em análise feita com mais de 8,5 mil residências dinamarquesas, entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, no estudo realizado por pesquisadores do Statens Serum Institut (SSI), da Universidade de Copenhague, da Statistics Denmark e da Universidade Técnica da Dinamarca.
Desde que a variante Ômicron foi descoberta, em novembro de 2021, os casos de Covid-19 rapidamente se multiplicaram. Atualmente, ela é responsável por 98% dos diagnósticos positivos de Covid-19 no mundo. O novo estudo indica que a subvariante BA.2, encontrada na Dinamarca, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Suécia e Noruega, pode ser transmitida ainda mais rápido.
Escape das vacinas
Ainda de acordo com a pesquisa, a BA.2 infecta mais as pessoas imunizadas com o esquema primário de vacinação e pacientes que tomaram a dose de reforço, em comparação com a BA.1. Segundo os especialistas, isso significa que a subvariante apresenta maior capacidade de fugir da proteção gerada pelas vacinas.
“Concluímos que a BA.2 é substancialmente mais transmissível do que a BA.1 (cepa original da Ômicron), e que também possui propriedades imunoevasivas, que reduzem ainda mais o efeito protetor da vacinação contra infecções”, pontuam os cientistas à agência Reuters.
Apesar dos dados apresentados sobre a alta transmissibilidade, a nova subvariante não se mostrou mais perigosa ou responsável por casos graves de Covid-19.