Substância do chocolate pode impedir perda de memória, sugere estudo
Composto presente em chocolates com maior concentração de cacau pode funcionar como antídoto contra a degeneração cognitiva
atualizado
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Uma pesquisa da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, sugere que os flavonoides podem aumentar a resistência do cérebro contra a degeneração cognitiva. O chocolate amargo é um dos alimentos que possuem esse tipo de substância, bem como o vinho tinto, as frutas vermelhas e os vegetais verde-escuros.
Como foi feita a pesquisa?
O estudo foi feito com 3.562 pessoas, todas elas com mais de 71 anos de idade. Os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro tomou pílulas concentradas de flavonoides com 500 mg diárias, enquanto o segundo tomou placebo.
Ao fim da pesquisa, o grupo que tomou flavonoides melhorou a memória em 10,5% comparado ao grupo que tomou placebo. Analisando os testes iniciais, a melhora de desempenho médio foi de 16%.
A má notícia é que, se você já come muitos chocolates, não vai ver os benefícios. O estudo mostrou que os melhores resultados foram observados entre indivíduos que tinham deficiência de flavonoides. Os que, em suas dietas, já consumiam uma boa quantidade da substância não tiveram ganhos significativos.
“Os flavonoides não têm efeito em pessoas que não têm deficiência da substância. O próximo passo será avaliar pessoas na faixa etária de 40 a 50 anos, antes das primeiras perdas de memória, para poder determinar a importância da diferença de consumo”, afirmou o principal autor do estudo, o neurologista Scott Small, em comunicado da universidade.
Dieta variada
Para atingir 500 mg de flavonoides ao dia, o melhor é não obtê-los exclusivamente de chocolates, já que 50g de chocolate possuem apenas 30 mg de flavonoides.
Os pesquisadores, na realidade, recomendam que se faça uma dieta com vários alimentos ricos em flavonoides ao longo do dia, pois um único alimento não é capaz de fornecer a quantidade recomendada para os benefícios pretendidos. Uma maçã, por exemplo, possui apenas 10 mg de flavonoides, o mesmo que uma taça de vinho tinto.
O estudo foi financiado por uma marca de chocolates norte-americana e houve polêmica durante seu lançamento.
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