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Substância da ayahuasca estimula a criação de novos neurônios, diz pesquisa

Universidade espanhola descobriu que bebida tem componentes naturais com potencial para ajudar no controle de doenças neurológicas

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Lisa Johnson/Olive Productions/GettyImages
Foto de uma panela preta em cima de uma grade, próxima ao chão. Uma fogueira na terra aquece a panela que prepara o ayahuasca - Metrópoles
1 de 1 Foto de uma panela preta em cima de uma grade, próxima ao chão. Uma fogueira na terra aquece a panela que prepara o ayahuasca - Metrópoles - Foto: Lisa Johnson/Olive Productions/GettyImages

Conhecida como alucinógeno e usada em rituais de algumas religiões, a ayahuasca pode trazer benefícios ao cérebro, afirma pesquisa publicada na revista científica Translational Psychiatry.

O chá, preparado com a mistura das plantas Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, também é conhecido como “santo daime”. Segundo o estudo, realizado pela Universidade Complutense de Madri, na Espanha, a bebida tem um componente natural psicotrópico chamado dimetiltriptamina (DMT) que promove a formação de novos neurônios e outras células neurais, como astrócitos e oligodendrócitos.

“Esta capacidade de modular a plasticidade cerebral sugere que ela pode ter um grande potencial terapêutico para uma gama de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, incluindo doenças neurodegenerativas”, explicou José Ángel Morales, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, ao site EurekAlert.

Foram feitos experimentos in vitro e em ratos para demonstrar que os indivíduos desenvolveram maior capacidade cognitiva após serem tratados com a substância.

Normalmente, o DMT da ayahuasca se liga a um receptor do tipo 2A no cérebro, o que aumenta a capacidade alucinógena. Para a pesquisa, o receptor foi alterado para evitar os efeitos psicotrópicos.

O corpo humano é capaz de produzir novos neurônios normalmente, mas pessoas com certos problemas de saúde podem não conseguir fabricar as células neurais — nestes casos, o paciente pode apresentar sintomas de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

“O desafio é ativar a capacidade latente de formar neurônios e substituir os que morrem por conta de doenças. O estudo mostra que a DMT é capaz de ativar as células-tronco neurais e formar novos neurônios”, completa Morales.

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