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Solidão entre idosos: veja riscos do isolamento na terceira idade

Segundo geriatra, os principais problemas decorrentes da solidão na terceira idade são depressão e ansiedade

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Imagem colorida: idosa solitória sentada em banco de parque com uma bengala - Metrópoles - Parkinson
1 de 1 Imagem colorida: idosa solitória sentada em banco de parque com uma bengala - Metrópoles - Parkinson - Foto: Getty Images

Apesar de a quantidade de contato social ser uma escolha pessoal, sentir-se sozinho o tempo inteiro não é saudável. A solidão pode desencadear depressão e ansiedade, e existe um público de maior vulnerabilidade ao isolamento: os idosos.

Uma pesquisa brasileira publicada na edição de julho da revista científica Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), constatou que boa parte dos idosos brasileiros está solitária. O levantamento analisou 9.412 pessoas, e 16% afirmaram se sentir sozinhos o tempo inteiro.

Segundo a geriatra Alessandra Ferrarese, do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, o envelhecimento traz mudanças que causam o isolamento. “A interrupção do trabalho, perda de amigos, mudanças familiares e sofrimento com o etarismo colaboram para esse número”, afirma.

O ideal é que as pessoas na terceira idade busquem atividades físicas, centros de convivência, se alimentem bem, durmam bem, definam propósitos de vida e, por que não, optem pela companhia de um animal de estimação para evitar o ciclo vicioso da solidão.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Alessandra diz que as principais consequências do isolamento para a terceira idade são ansiedade, depressão e declínio funcional devido à falta de estímulos físicos e cognitivos. “Os acidentes de queda e queimadura são motivo de preocupação caso o paciente já esteja em declínio cognitivo ou físico. Um idoso robusto, sem alteração cognitiva, não tem esse risco”, explica.

O estudo brasileiro observou que o sentimento de solidão está associado ao aparecimento de sintomas depressivos e vice-versa: o transtorno também pode levar ao isolamento.

“Não é que os idosos são mais vulneráveis à depressão e ansiedade. Diante de todas as mudanças, porém, eles experimentam uma solidão mais problemática, com mudanças de humor e declínios fisiológicos”, alerta a geriatra.

Solidão e o risco de demência

Outra pesquisa, publicada na revista Neurology e divulgada em 12 de julho, aponta uma associação entre o isolamento de pessoas idosas e uma probabilidade maior de perda de volume total do cérebro. Com o encolhimento do órgão, algumas áreas podem ser afetadas e levar à demência.

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