1 de 1 Imagem colorida: idosa solitória sentada em banco de parque com uma bengala - Metrópoles - Parkinson
- Foto: Getty Images
Apesar de a quantidade de contato social ser uma escolha pessoal, sentir-se sozinho o tempo inteiro não é saudável. A solidão pode desencadear depressão e ansiedade, e existe um público de maior vulnerabilidade ao isolamento: os idosos.
Uma pesquisa brasileira publicada na edição de julho da revista científica Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), constatou que boa parte dos idosos brasileiros está solitária. O levantamento analisou 9.412 pessoas, e 16% afirmaram se sentir sozinhos o tempo inteiro.
Segundo a geriatra Alessandra Ferrarese, do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, o envelhecimento traz mudanças que causam o isolamento. “A interrupção do trabalho, perda de amigos, mudanças familiares e sofrimento com o etarismo colaboram para esse número”, afirma.
O ideal é que as pessoas na terceira idade busquem atividades físicas, centros de convivência, se alimentem bem, durmam bem, definam propósitos de vida e, por que não, optem pela companhia de um animal de estimação para evitar o ciclo vicioso da solidão.
15 imagens
1 de 15
O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
Getty Images
2 de 15
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Getty Images
3 de 15
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
Divulgação
4 de 15
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Pixabay
5 de 15
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
Pixabay
6 de 15
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
Pixabay
7 de 15
As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
Pixabay
8 de 15
A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
Pixabay
9 de 15
Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
Pixabay
10 de 15
Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
Pixabay
11 de 15
Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
Agência Brasil
12 de 15
Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
Pixabay
13 de 15
Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
Reprodução
14 de 15
Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
Pixabay
15 de 15
Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
Pixabay
Alessandra diz que as principais consequências do isolamento para a terceira idade são ansiedade, depressão e declínio funcional devido à falta de estímulos físicos e cognitivos. “Os acidentes de queda e queimadura são motivo de preocupação caso o paciente já esteja em declínio cognitivo ou físico. Um idoso robusto, sem alteração cognitiva, não tem esse risco”, explica.
“Não é que os idosos são mais vulneráveis à depressão e ansiedade. Diante de todas as mudanças, porém, eles experimentam uma solidão mais problemática, com mudanças de humor e declínios fisiológicos”, alerta a geriatra.
Solidão e o risco de demência
Outra pesquisa, publicada na revista Neurology e divulgada em 12 de julho, aponta uma associação entre o isolamento de pessoas idosas e uma probabilidade maior de perda de volume total do cérebro. Com o encolhimento do órgão, algumas áreas podem ser afetadas e levar à demência.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.
Compartilhar notícia
Compartilhar
Copiar link
Quais assuntos você deseja receber?
Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:
1.
Mais opções no Google Chrome
2.
Configurações
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem pedir para enviar notificações
Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?