Sociedade de Imunizações lança campanha de incentivo à vacinação de jovens
Apesar do sentimento de que são invencíveis, pessoas na faixa etária são vulneráveis a várias doenças que podem ser prevenidas por vacinas
atualizado
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Em evento online na tarde desta quarta-feira (18/11), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou uma campanha para incentivar a vacinação em adolescentes. O evento teve participação de representantes da Unicef e do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, que também apoiam a mobilização.
Apesar de serem uma faixa etária que não costuma estar entre o principal público alvo para imunizações, os adolescentes são vulneráveis a doenças que podem ser prevenidas por vacina. Segundo Ana Goretti Maranhão, do PNI, eles estão em uma época da vida de experimentação, em que se acham inatingíveis e são muito influenciados por fake news disseminadas via redes sociais.
Entre as vacinas que precisam estar em dia em adolescentes, e que são distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estão tríplice viral, hepatite B, febre amarela, DT, HPV, meningocócica ACYW e DTPA (para gestantes).
Segundo dados do IBGE, há cerca de 30 milhões de adolescentes no Brasil. Além de correrem risco de serem contaminados por vários micro-organismos, os jovens podem ser responsáveis por transmitir doenças. Parte dos adolescentes possui a bactéria responsável pela meningite na garganta — apesar de não serem mais afetados por ela, podem passá-las para crianças menores e a doença pode ser fatal.
O presidente da Sbim, Juarez Cunha, lembra que a cobertura vacinal, em geral, tem sido muito baixa nos últimos anos no Brasil. Os motivos são muitos: além da baixa na confiança das pessoas quanto às vacinas, há dificuldade em conciliar o horário de funcionamento das salas de vacinação e, pela falta de casos, muitos acreditam que a imunização não é mais importante. “Por conta da pandemia, os números caíram ainda mais”, afirma ele.
Participarão da campanha 16 influenciadores que conversam com o público adolescente e com os pais de adolescentes. A ideia é falar na mesma língua que os jovens para incentivar a conversa sobre vacinação e saúde. Há também uma página chamada “Quem Vacina, Não Vacila”, que entrará no ar em breve. Além de informações sobre vacinas, o site conterá testes e brincadeiras para envolver o público-alvo.